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Alunos do Mackenzie denunciam caso de racismo dentro do campus

Relato publicado nas redes sociais denuncia tratamento hostil dos seguranças contra aluno e seu irmão

Por Sara Ferrari Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 25 ago 2017, 20h05 - Publicado em 25 ago 2017, 15h33
Espaço de convivência: seguranças solicitaram a saída de garotos negros do diretório acadêmico de arquitetura (Dafam/Veja SP)
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Um caso de racismo que teria ocorrido no campus de Higienópolis da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) está sendo denunciado nas redes sociais por alunos da instituição. A agressão teria sido contra um aluno do Centro de Comunicação e Letras (CCL) e seu irmão.

Publicado pela página do Coletivo Negro Afromack, o texto diz que o fato ocorreu na última quinta-feira (17), quando um estudante trouxe o irmão à universidade “no intuito de mostrar o campus”. No momento em que se dirigiam ao diretório acadêmico da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (Dafam), os dois disseram ter sido seguidos por seguranças.

Já no local, um dos agentes teria pedido a identificação do irmão do aluno, que já havia apresentado um documento na portaria. De acordo com o post, “uma quantidade totalmente desproporcional de seguranças aguardava-os na entrada do diretório, continuando a observá-los nos ambientes externos do campus até a saída de ambos”.

“Essa não é a primeira vez que esse tipo de situação acontece. Certa vez, catorze alunos negros se reuniram e um segurança exigiu que comprovássemos que estudávamos ali e pediu nossa identidade; em outra ocasião, uma colega trouxe o namorado, que é negro, e o segurança questionou a presença dele”, conta Lucas Souza, 22, membro do Coletivo Negro Afromack.

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A entidade protocolou uma reclamação na ouvidoria da universidade.

Procurada, a direção do Mackenzie afirma que “foram adotadas providências imediatas para a apuração do ocorrido”. A nota ainda diz que os procedimentos adotados pelo setor de segurança para o ingresso de pessoas não matriculadas seguiram “exatamente os padrões adotados para todos os visitantes”, que inclui o acompanhamento até o local solicitado.

“No caso em questão, havia sido informado o desejo de conhecer o campus, contudo, o visitante se dirigiu ao referido Diretório Acadêmico. Os cuidados com a segurança evidenciam o respeito e a preocupação do Mackenzie com seus alunos, os quais são a principal razão de ser da instituição. Os procedimentos obedecem aos mais modernos e eficazes modelos de proteção e não distinguem os visitantes em todos os campi, por etnia, credo ou gênero. O Mackenzie não admite preconceito e discriminações de quaisquer espécies”, conclui.

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Símbolo nazista: mensagem foi encontrada no banheiro da universidade Mackenzie (Reprodução/Facebook/Veja SP)

Outro caso polêmico

Na manhã da última quinta-feira (24), outro caso provocou discussão entre alunos da instituição nas redes sociais. Um símbolo nazista foi encontrado em um dos banheiros da universidade com os dizeres: “morte aos LGBT”.

A universidade também se manifestou em relação a este ocorrido: “A Universidade Presbiteriana Mackenzie segue defendendo seus princípios de respeito e amor ao próximo e repudia qualquer tipo de violência física ou verbal. Em nosso campus Higienópolis transitam, diariamente, milhares de pessoas, convivendo harmoniosamente. Infelizmente, em locais reservados como o interior de banheiros, atos isolados podem acontecer. Não compactuamos com nenhuma forma de manifestação preconceituosa de qualquer origem, credo ou ideologia.”

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