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Alunos aprendem jogando videogame

Com um Playstation ou aplicativos de jogos para tablets, professores inovam no processo de ensino

Por Ana Alice Vercesi, Guilherme Soares Dias e Jussara Soares
Atualizado em 5 dez 2016, 15h34 - Publicado em 11 out 2013, 18h26

Em 2006, o professor Alan Costa levou o console de um Playstation para as classes da 4ª série do ensino fundamental do colégio Visconde de Porto Seguro e da Escola Estadual Ary Barroso. Desenvolvido durante seu mestrado na Unesp, o projeto usava o jogo Quidditch World Cup, que simula duelos de quadribol, esporte praticado nos filmes do bruxo Harry Potter. Após jogar trechos do game comas crianças, ele adaptava a modalidade para as quadras de verdade, dividindo a turma em quatro times e fazendo todos correr atrás de três bolas com tamanho diferente, como na franquia. “A relação com o videogame torna a atividade mais prazerosa”, afirma. Até hoje o negócio é utilizado com sucesso na escola.

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Depois de experiências pioneiras como essa, o uso do recurso vem aumentando na rede paulistana. No colégio Pueri Domus, um dos mais tradicionais da capital, as aulas de química em algumas classes do ensino médio são conduzidas desde 2011 com aplicativos de jogos para tablet, como o iAtomic, um quebra cabeça para a montagem de uma molécula. “O próximo passo será encontrar um console de videogame que possa ser usado na sala de aula”, diz o professor Adalberto Castro. Em algumas instituições os próprios estudantes assumem a função de criar a diversão eletrônica. Um grupo do 8º ano do ensino fundamentaldo colégio Santa Amália, no bairro da Saúde, desenvolveu um jogo para crianças de 8 anos com dicas sobre alimentação. “Além do conteúdo de ciências, eles usaram a matemática para calcular os movimentos dos objetos”, conta a professora Silvia Rinaldi. Em nível superior, alunos de tecnologia em jogos digitais doSenac criaram no ano passado o simulador Host, para que graduandos de hotelaria testem seus conhecimentos no ramo.

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