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Aluno da USP morreu asfixiado ao tentar transportar armário na Poli

O caso ocorreu em 30 de abril e laudo trata das causas do morte do jovem de 21 anos, que foi encontrado dentro de um elevador

Por Matheus Prado
4 jul 2019, 19h03
Felipe Varea Leme tinha 21 anos (Reprodução/Instagram)
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Um aluno de geografia da Universidade de São Paulo (USP) morreu no dia 30 de abril, na Escola Politécnica (Poli), dentro do campus da Cidade Universitária, na Zona Oeste de São Paulo. A Polícia Civil investiga, em caráter sigiloso, as causas da morte do estudante.

Segundo a investigação, bombeiros encontraram Felipe Varea Leme, de 21 anos, preso no pequeno elevador do prédio da administração da Poli. A vítima estava inconsciente, caída no chão ao lado de um armário.

O jovem era aluno da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) e trabalhava como monitor na sala de informática da Poli. Ele transportava, a pedido de um professor, o armário em um elevador quando a peça de mobília se movimentou no espaço pequeno e pressionou o seu pescoço.

Um laudo do Instituto de Criminalística (IC), que examinou o local onde a tragédia ocorreu, aponta que as causas do falecimento do jovem foram asfixia e constrição cervical. “Ele quase foi degolado”, afirma o advogado da família do rapaz, Euro Maciel Filho.

Maciel explica que falta a divulgação do laudo do Instituto Médico Legal (IML), que examinou o corpo, para corroborar o que apontaram a investigação do IC e o atestado de óbito. Ele acredita que houve negligência e imprudência dos superiores da vítima, o que faz com que o caso, em sua visão, seja um crime de homicídio culposo.

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De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), funcionários da universidade já foram ouvidos e as equipes estão em diligências para colher provas a fim de auxiliar nas investigações. O caso foi registrado como morte suspeita no 93º DP, do Jaguaré.

Em nota, a USP afirmou que a Poli e a FFLCH lamentam profundamente o falecimento: “A direção da Poli ressalta que preza pela adoção das medidas de segurança necessárias para a rotina do trabalho dentro de suas dependências. A escola informa, ainda, que prestará todos os esclarecimentos necessários para a elucidação dos fatos junto às autoridades competentes.

Neste momento de profunda dor, a Universidade se solidariza com familiares, amigos e toda a comunidade acadêmica. O Escritório de Saúde Mental da Universidade está prestando apoio à família.”

Com Estadão Conteúdo

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