Os cerca de 150 afegãos que estavam acampados no Aeroporto Internacional de Guarulhos foram transferidos, na sexta (30), para a cidade de Praia Grande, no litoral paulista.
Durante a noite, porém, cinco ônibus que levavam os imigrantes ficaram parados por algumas horas na Rodovia Anchieta, na altura do quilômetro 40, após a Prefeitura de Praia Grande recusar o abrigo. A situação só foi resolvida após o município fechar um acordo com o Ministério da Justiça.
A Prefeitura havia soltado uma nota afirmando que não aceitava os afegãos pois o local onde os imigrantes ficariam não tinha Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros que eles “colocariam em risco a saúde dos moradores da cidade”.
Os refugiados foram levados para a colônia de férias do Sindicato dos Químicos de Praia Grande, numa ação é emergencial. Trata-se de uma parceria de governo de São Paulo, prefeituras de Praia Grande e de Guarulhos, Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), Cáritas e entidades da sociedade civil.
Desde 2021, quando os radicais do Talibã assumiram o poder, milhões de afegãos tem deixado o país para fugir de um regime que viola seus direitos. O Brasil, por exemplo, passou a se tornar destino de parte desses afegãos quando foi publicada uma portaria interministerial, em setembro de 2021, autorizando o visto temporário e a residência por razões humanitárias.
Desde então, eles começaram a desembarcar no Brasil mas, sem conseguirem acesso a uma política pública de acolhimento, ficavam desamparados e passaram a viver dentro do aeroporto.Na semana passada, voluntários identificaram um surto de sarna entre os afegãos que estão vivendo no aeroporto e comunicaram as autoridades competentes sobre o caso.
Com informações de Agência Brasil