Adib Jatene deixa a UTI e se recupera no quarto
Após sofrer infarto no dia 23 de setembro, o ex-ministro da Saúde continua internado no Hospital do Coração (Hcor)
O cardiologista e ex-ministro da Saúde, Adib Jatene, de 85 anos, recebeu alta da UTI do Hospital do Coração na manhã desta terça-feira (14). De acordo com o boletim médico assinado pelo diretor clínico do Hcor, Edson Romano, ele permanecerá no quarto se recuperando. Jatene foi internado no dia 23 de setembro, quando sofreu um infarto na coronária descendente anterior.
Filho de Adib Jatene, o também cardiologista Fábio Jatene, presidente do Conselho Diretor do Instituto do Coraçãp (Incor) do Hospital das Clínicas da USP, disse a VEJA SÃO PAULO, na segunda-feira (13), que o pai pode deixar o hospital definitivamente nos próximos dias. “Em uma semana, ele já pode estar em casa.” O tempo do médico se prolongou na UTI apenas para fazer fisioterapia. “Ele está com a cabeça ótima. Passa o dia inteiro sentado. Ele costuma ler todos os jornais e revistas, além de conversar bastante”, contou Fábio Jatene.
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Após o infarto, Jatene foi internado em estado grave e precisou do auxílio de um balão intra-aórtico, um dispositivo para aumentar o fluxo de sangue que chega até as artérias do coração, melhorando a irrigação e desempenho cardíaco.
Em maio de 2012, o cardiologista, considerado um gênio em sua especialidade, já havia sofrido um infarto. Ele estava em sua sala no Hcor quando passou mal. Em entrevista à VEJA SÃO PAULO, depois de sua recuperação, ele afirmou ter diagnosticado o próprio infarto.
Entre seus feitos na medicina, está a primeira cirurgia de ponte de safena do país. Ele também desenvolveu o primeiro coração-pulmão artificial do Hospital das Clínicas, nos anos 50, um modelo de oxigenador do plasma, na década de 60, e inventou uma técnica de correção de artérias transpostas em bebês, que ficou conhecida mundialmente como Cirurgia de Jatene.
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Jatene foi secretário estadual de Saúde, quando o governador era Paulo Maluf, e ministro da mesma área duas vezes, nas gestões Fernando Collor e Fernando Henrique Cardoso. Nos anos FHC, ele emplacou a ideia da contribuição provisória sobre movimentação financeira (CPMF), para aumentar a arrecadação na saúde pública e coibir a sonegação.