3 perguntas para… Caco Ciocler
Na sexta (21), ele tem um desafio pela frente: protagonizar sua primeira comédia, a 'Casting'
Nos últimos cinco anos, o ator paulistano Caco Ciocler participou de quatro novelas, uma minissérie, três peças e dirigiu outras três. Na sexta (21), ele tem um desafio pela frente: protagonizar sua primeira comédia. Trata-se de ‘Casting’, escrita pelo russo Aleksandr Galin, que estreia no Sesc Vila Mariana.
Como é ser o ator principal de uma comédia pela primeira vez? Até hoje, fiz apenas uma pequena participação em uma comédia. Era Camila Baker, apresentada em uma choperia de São Paulo em 1999. A minha alma é mais voltada para o drama. Para mim, a comédia sempre foi um terreno mais difícil, arenoso. Existe também outra questão: quando as pessoas se acostumam a ver um ator em determinado papel, fi ca mais complicado convencê-las de que ele pode fazer algo diferente.
Encara com segurança um papel a que está pouco habituado? Estamos ensaiando muito para isso. Não me acho engraçado, não sou um cara divertido, que faz os amigos rir. Mas, apesar de cômico, o texto mostra o povo em um momento difícil na Rússia. Quando o diretor Marco Antonio Rodrigues me chamou, ele salientou que o personagem — um produtor contratado pelos japoneses para recrutar o elenco de um espetáculo — tinha um lado muito dolorido.
Você fez algum acordo com a Rede Globo para conciliar o teatro e o trabalho na televisão? Não largo o teatro de jeito nenhum. Compro até algumas brigas com a Globo. Quase sempre consigo compatibilizar. Quando não tem jeito, procuro um espetáculo para dirigir. Agora entro em um seriado chamado A Cura e estreio a peça. Essa diversificação é interessante para eles também. A construção sólida de um ator depende muito do seu trabalho em teatro e cinema.