Imagem Blog

Na Plateia Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Indicações do que assistir no teatro (musicais, comédia, dança, etc.) por Laura Pereira Lima (laura.lima@abril.com.br)
Continua após publicidade

Melissa Vettore e o caminho para viver Isadora Duncan: “Eu me sinto uma aprendiz perto dessas mulheres”

Depois de interpretar a escultora francesa Camille Claudel (1864-1943), a atriz paulistana Melissa Vettore, de 43 anos, tomou gosto por transformar em teatro a vida de mulheres célebres. O seu foco, agora, é a bailarina americana Isadora Duncan (1877-1927), personagem central do espetáculo que Melissa prepara ao lado do diretor Elias Andreato e deve estrear […]

Por Dirceu Alves Jr.
Atualizado em 26 fev 2017, 13h58 - Publicado em 3 dez 2015, 14h17
Melissa Vettore: vida de Isadora Duncan e ações sociais (Foto: Alexandre Catan)

A atriz Melissa Vettore: reflexões de Isadora Duncan e ações sociais (Fotos: Alexandre Catan)

Depois de interpretar a escultora francesa Camille Claudel (1864-1943), a atriz paulistana Melissa Vettore, de 43 anos, tomou gosto por transformar em teatro a vida de mulheres célebres. O seu foco, agora, é a bailarina americana Isadora Duncan (1877-1927), personagem central do espetáculo que Melissa prepara ao lado do diretor Elias Andreato e deve estrear ainda no primeiro semestre de 2016.

Por que Isadora depois de Camille?  

Foi uma ideia do Elias nos bastidores de “Camille e Rodin”. O meu aquecimento antes das apresentações é bastante corporal, sempre dei aula para atores e tive formação de dança. Um dia, ele comentou que minha expressão física lembrava o estilo da Marilena Ansaldi. Apesar da importância dela, nunca tive o prazer de vê-la em cena, mas me senti bastante elogiada. Alguns dias depois, Elias me ligou com uma série de ideias sobre a Isadora. Assim como no início do projeto de Camille, o “sopro” daquele nome aqueceu meu corpo inteiro e permaneceu em mim.

+ Leia perfil da bailarina e atriz Marilena Ansaldi.

De que maneira essa personagem já habitava sua vida?

Continua após a publicidade

Quando criança, eu fazia aulas de balé. Frequentei a escola da Ruth Rachou e tive aulas com a professora Penha, que nos dizia: “saltem, esse passo se chama Isadora”. Tenho a imagem clara dessas aulas, com as meninas correndo e saltando juntas pela sala de dança. Então, o nome dela foi, desde cedo, uma referência de fluidez, liberdade e alegria.

Qual é a diferença e o peso da responsabilidade ao viver uma personagem real? 

A responsabilidade é encontrar a essência da artista e sua obra. Também é importante um olhar atual e isso eu aprendi isso com Elias. Ao fazer o recorte de uma vida, tudo vira poesia e ficção, então já é uma nova história. Meu interesse se relaciona com suas vidas. Eu me sinto uma aprendiz perto dessas mulheres, que costumam enfrentar a dor e a delícia da criação, o céu e o inferno do enfrentamento dos limites, da mudança de paradigmas na sociedade. Eu escolho algum traço essencial, político, artístico, algo que acredito ser fundamental para mim. Vejo também a loucura de cada uma, mas essa parte eu deixo para elas.

Melissa Vettore e Leopoldo Pacheco protagonizam o drama "Camille e Rodin" (Foto: Alexandre Catan)

Melissa e Leopoldo Pacheco: “Camille e Rodin” foi visto em dezessete cidades brasileiras

O sucesso de “Camille e Rodin” fez muita gente conhecer a história de vida e até a arte desses personagens. Você acha que um novo público pode redescobrir a arte e o papel social de Isadora?

Continua após a publicidade

Sim, acho. Isadora não é uma paixão só minha. Estabelecer essa troca é fundamental. Daqui para lá e de lá para cá. Isadora saiu dos Estados Unidos e foi até a Rússia, esteve no Brasil, era quase uma nômade. O importante é a mensagem forte de mudança que ela traz, a liberdade do corpo e a responsabilidade pela justiça social.

+ Leia crítica de “Camille e Rodin”.

 Como será essa ação social paralela ao espetáculo?

Gosto de levar a experiência cultural completa, então, além dos workshops, debates e brochura com a pesquisa, vamos realizar um trabalho com as meninas da Instituição Santa Fé, em São Paulo. Isadora acreditava que as crianças eram a argila virgem, uma mensagem potente e que precisamos ouvir nesse país. Ela teve uma escola, e as alunas que vinham de uma situação de pobreza se transformavam com a dança, eram as Isadorables. O nosso trabalho com as meninas, vai ter essa licença poética, de trazer coisas belas.

Quer saber mais sobre teatro? Clique aqui. 

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Domine o fato. Confie na fonte.
10 grandes marcas em uma única assinatura digital
Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de R$ 39,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.