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Indicações do que assistir no teatro (musicais, comédia, dança, etc.) por Laura Pereira Lima (laura.lima@abril.com.br)
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Sucesso no final do ano, “Genet, o Poeta Ladrão” busca ampliar público em temporada no Sérgio Cardoso

Entre o final de outubro e o começo de dezembro passado, uma peça sacudiu o acanhado Espaço Beta do Sesc Consolação. Os poucos mais de noventa lugares da sala foram constantemente ocupados e, na reta final da temporada, os ingressos estavam completamente esgotados, fato incomum por ali. Sob a direção de Sérgio Ferrara, o drama Genet, o […]

Por Dirceu Alves Jr.
Atualizado em 26 fev 2017, 22h53 - Publicado em 28 jan 2014, 17h34
Elenco de Genet, O Poeta Ladrão: nova temporada no Sérgio Cardoso (Foto: Vivian Fernadez)

Elenco de “Genet, O Poeta Ladrão”: reestreia em 7 de fevereiro (Foto: Vivian Fernandez)

Entre o final de outubro e o começo de dezembro passado, uma peça sacudiu o acanhado Espaço Beta do Sesc Consolação. Os poucos mais de noventa lugares da sala foram constantemente ocupados e, na reta final da temporada, os ingressos estavam completamente esgotados, fato incomum por ali. Sob a direção de Sérgio Ferrara, o drama Genet, o Poeta Ladrão, escrito por Zen Salles, volta ao cartaz no dia 7 de fevereiro em uma temporada que vai ocupar o Teatro Sérgio Cardoso – Sala Pascoal Carlos Magno. As apresentações serão nas sextas e sábados, às 21h, e nos domingos, às 20h, até o final de março, com ingressos a R$ 40,00. Para quem não viu, chegou a hora.

A principal qualidade da ousada encenação criada por Ferrara é ser francamente interessada no público gay. As tentativas existem na cena local. Poucas produções, no entanto, saem do armário a ponto de assumir a pretensão de cativar essa plateia sem cair em opções discutíveis. O óbvio ponto de partida gira em torno do escritor, poeta e dramaturgo francês Jean Genet (1910-1986). Interpretado com expressividade por Ricardo Gelli, Genet, homossexual assumido, foi morador de rua, presidiário, militante político e um dos mais instigantes nomes da literatura do século XX. Já rende história por si só. A dramaturgia de Zen Salles, entretanto, ganha valor ao usar os personagens criados por Genet para melhor explicá-lo.

Já na primeira cena, vem a citação da montagem de O Balcão, dirigida por Victor Garcia e produzida por Ruth Escobar, que se tornou emblemática em 1969 por desafiar a ditadura militar. O bordel, principal cenário da peça, atravessa todo o espetáculo, assim como a inclusão de fragmentos de Querelle de Brest, transformando o marinheiro e michê (representado pelo ator Felipe Palhares) um personagem fixo da trama. Em meio ao elenco de nove atores e uma atriz (Gabriele Lopez), outro destaque fica para Nicolas Trevijano na pele do travesti Divina. Longe do óbvio e carregado de fragilidade, o ator equilibra as contradições do papel e consegue fazer a melhor ponte entre o universo de Genet e a violência que atinge os homossexuais ainda no século XXI. Fransérgio Araújo, Rogério Britto, Ralph Maizza, Jhe Oliveira, Bruno Bianchi e Magno Argholo completam o elenco, em parte responsável pela curiosidade em torno da peça.

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