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Ato pró-governo – Moro “Judas”, fogos e discurso de Lula

  Nem tudo em São Paulo é ruim Manifestantes favoráveis à presidente Dilma Rousseff e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ocuparam a Avenida Paulista entre as ruas Pamplona e Peixoto Gomide nesta sexta-feira (18). Foram milhares de pessoas, que comemoraram a decisão judicial de manter Lula como ministro da Casa Civil, suspensa mais tarde por um […]

Por VEJA SÃO PAULO
Atualizado em 26 fev 2017, 12h49 - Publicado em 18 mar 2016, 17h56

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Nem tudo em São Paulo é ruim

Manifestantes favoráveis à presidente Dilma Rousseff e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ocuparam a Avenida Paulista entre as ruas Pamplona e Peixoto Gomide nesta sexta-feira (18). Foram milhares de pessoas, que comemoraram a decisão judicial de manter Lula como ministro da Casa Civil, suspensa mais tarde por um terceiro juiz, do interior de São Paulo. Os grupos também contestaram o movimento pró-impeachment, e a frase mais ouvida era “Não vai ter golpe”. Defendiam ainda a “democracia” e a “legalidade nas investigações” na Operação Lava-Jato.

SÃO PAULO, SP, 18.03.2016: PROTESTOS-GOVERNO - Integrantes de diversas organizações e movimentos sociais se manifestam a favor de Dilma, Lula e do PT, nesta sexta-feira (18), na avenida Paulista em São Paulo (SP). (Foto: Karime Xavier/Folhapress)

(Foto: Karime Xavier/Folhapress)

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Às 19h, chegou à manifestação o presidente Lula. Ele seguiu de carro até o caminhão de som, de onde discursou. Incitada por líderes no veículo, a multidão gritava repetidamente. “Não vai ter golpe. Vai ter Lula.”

Lula evocou realizações de governo, as “conquistas da democracia”, como Prouni, Fiesp e Pronatec. “Virei outra vez Lulinha paz e amor. Não vou lá (na Esplanada dos Ministérios) para brigar, mas para ajudar a presidente Dilma.”

E declarou: “O que vocês estão fazendo hoje na Avenida Paulista, eu espero que seja uma lição para aqueles que não acreditavam no povo brasileiro. Querem nos tratar como cidadãos de segunda classe.” E ainda: “Eles, na verdade, são o tipo de brasileiro que gostariam de ir para Miami fazer compras todo dia. Nós somos o tipo de brasileiro que compra na 25 de março. Nós compramos na cidade onde a gente mora, e vamos passear aqui dentro, porque lá fora é caro pra caramba“, diz Lula sobre manifestantes contra o governo.

Ao final de sua fala, citou Dilma: “É humanamente impossível uma presidente ter tranquilidade com a quantidade de desgraça é provocações que ela lê. Disse a ela: Dilma, eu não vou pedir muito. Só quero que você ria mais, ria ao menos dez vezes por dia e deixe esse mal humor para governar melhor. Vou levar a ela uma fotografia desse momento para que ela veja que nem tudo em São Paulo é ruim. Que Deus abençoe cada um se vocês… Não aceitem provocação, vamos voltar para casa.”

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O prefeito Fernando Haddad (PT) também participou do ato. Chamado de “prefeito dos pobres” por apoiadores de Lula, declarou no caminhão: “Esse é um ato em defesa da República Federativa do Brasil, da democracia brasileira (…). O que está em jogo hoje é o mínimo que a constituição estabelece (…).”

Ele falou em “violência” e “escárnio” para descrever os episódios envolvendo o PT na Lava-Jato. E continuou: “Não existe um cidadão que está aqui hoje que não defenda as investigações até as últimas consequências. (…) Mas hoje delator, réu confesso, corrupto confesso têm fé pública, enquanto a palavra de gente honesta (não tem valor)”.

O petista Alexandre Padilha, secretário municipal de Saúde, posava para fotos com manifestantes. “Ontem já foi um marco importante com ato de juristas no largo São Francisco. Hoje o povo na rua mostrando que quem quiser acabar com a democracia vai ter que enfrentar o povo na rua.”

A Polícia Militar e institutos de pesquisa ainda não divulgaram a quantidade de público do ato.  No domingo (13), ato contra Dilma teve 500 000 pessoas, segundo o Datafolha, e 1,4 milhão, de acordo com a Polícia Militar. A locomoção ficou bem mais difícil mais perto das 18h, quando muitos profissionais da região deixaram seus trabalhos rumo às estações de Metrô da via.

O clima geral é de tranquilidade, mas houve conflitos pontuais. A polícia abordou manifestantes para impedi-los de soltar rojões e sinalizadores próximo ao prédio da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), uma das instituições mais ativas na defesa do impeachment. Ali perto também houve bate-boca entre manifestantes da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e pequenos grupos que pedem a saída da presidente Dilma. A Polícia Militar chegou a usar spray de pimenta para dispersar o conflito.

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Um caminhão de som tocava “Lula lá”. Muitos gritaram “Não vai ter golpe” e fazem críticas à imprensa. Alguns levaram um boneco com o rosto do juiz Sérgio Moro com a placa “Sergio Moro Judas Fariseu”. Criticam a condução da Operação Lava-Jato pelo magistrado, em especial a divulgação dos grampos com diálogos entre Lula, Dilma e outros políticos.

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No Twitter, a hashtag #VemPraDemocracia, divulgada por apoiadores, se tornou a segunda mais comentada do país.

O tenente-coronel Henrique Motta, que comandou a Polícia Militar nos atos do Movimento Passe Livre (MPL) em janeiro deste ano, coordena a segurança do ato.

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VÁRIAS LUTAS

Após o discurso de Lula, manifestantes ainda se lembrava sobre a morte de negros e pobres nas periferias da cidade. Levavam uma faixa onde se lia “A Marcha Fúnebre Prossegue”.

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Além de defender o legado do PT no governo e repudiar o que chamam de violação da democracia, os manifestantes carregavam cartazes de outras causas: com pedidos de investigação e responsabilização pela tragédia na boate Kiss, em Santa Maria (RS), frases sobre a luta antimanicomial e a diversidade de gênero.

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+ Após confirmação de prévias, Matarazzo deixa o PSDB

 

Por Luiz Castro e Mariana Oliveira. Com Estadão Conteúdo

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