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Com dívida de 1,7 milhão de reais, imóvel de “Primo Rico” vai a leilão

“Foi um péssimo negócio, mas um aprendizado”, diz Thiago Nigro, que cuida de famoso canal de finanças no YouTube

Por Ana Carolina Soares
Atualizado em 11 jan 2023, 17h21 - Publicado em 25 jul 2019, 16h50

Thiago Nigro, o Primo Rico, possui mais de 87 milhões de visualizações em seu canal no YouTube graças aos conselhos sobre como deixar as finanças pessoais em dia e ganhar dinheiro. Quem diria, ele enfrenta na Justiça os capítulos finais de um processo por causa de uma dívida que se arrasta há sete anos.

Por causa de um débito de mais de 1,7 milhão de reais, em agosto deverá ir a leilão um apartamento de 141 metros quadrados, no Morumbi, registrado em nome dele. O problema começou no início de 2012. Em fevereiro daquele ano, a equipe da incorporadora Brookfield e da securitizadora Gaia receberam a décima nona parcela do imóvel comprado por cerca de 546 000 reais. Depois, os boletos de aproximadamente 4 500 reais não foram mais pagos. Com juros sobre juros e o acúmulo de 116 cotas atrasadas, o “bolo” pulou para mais de 1,7 milhão de reais.

Nigro entrou na Justiça duas vezes para renegociar. O criador do Primo Rico disse que passava por dificuldades financeiras na época. Recuperado, tentou negociar o débito, mas considerou os juros abusivos e reclamou que seu nome foi parar na lista de devedores. 

Em dezembro de 2017, o juiz Renato Acacio de Azevedo Borsanelli, da 2ª Vara Cível, deu ganho de causa às empresas e o imóvel seguiu para leilão, que deverá ocorrer em meados de agosto.

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Como perdeu os processos, o youtuber precisaria pagar as custas, ou seja, os honorários do escritório de advogados das empresas, o Corrêa Ongaro Sano. Trata-se de pouco mais de 8 000 reais. Os defensores das empreiteiras entraram na Justiça para receber o dinheiro e o juiz deu ganho de causa a eles. Na segunda (22), a advogada de Nigro pediu um prazo de mais quinze dias, alegando que, por conta da crise, o criador do Primo Rico estaria sem verba.

Procurados pela reportagem, representantes das empresas e os advogados não quiseram dar declarações. Nigro concedeu a seguinte entrevista:

O que aconteceu?

Esse apartamento esteve no meu nome, mas nunca foi meu. Há muito tempo, meus pais queriam comprar um lugar para morar. Mas estavam com o nome sujo, e, por causa disso, não conseguiam crédito no banco. Eles pediram para usar o meu nome e aceitei. Eles são empreendedores, trabalham com transporte de água, mas tiveram problemas financeiros e não conseguiram pagar.

O que você fez quando soube da dívida?

Tentei renegociar, mas nunca cheguei a um consenso com as empreiteiras. Tenho dinheiro para quitar essa dívida, mas achei melhor não fazê-lo.

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Deixar a dívida rolar e perder o apartamento em um leilão não é um péssimo negócio? Não seria melhor quitar a dívida, uma vez que você tinha essa verba?

Essa dívida criou um enorme stress. Como negócio, deixar ir a leilão foi péssimo. Eu ensino a comprar tudo à vista, a não se enrolar em dívidas. Acredito nisso. Mas não quis prolongar a enorme dor de cabeça que esse assunto causou na família.

Seus pais ainda moram no apartamento?

Minha mãe e meu irmão moravam lá. Agora, estão de mudança para um outro local. Vida que segue.

No processo mais recente movido pelos defensores das empreiteiras para receber seus honorários, a sua advogada afirma que você não tem os cerca de 8 000 reais para arcar com os custos imediatamente. Você passa por problemas financeiros?

Seguinte: é uma praxe de advogado para ganhar esse tempo. Da minha parte, há fundos à disposição.

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O seu negócio é educação financeira. Como é para você ter o nome envolvido em uma dívida dessas?

Antes de dar certo nos negócios, eu quebrei. Como vários brasileiros, tive sérios problemas de finanças. No meu canal, alerto que não se deve antecipar os sonhos. Meus pais fizeram isso. Conversamos bastante ao longo desse tempo. Foi um tremendo stress, é algo ruim, sim, mas prefiro encarar como um aprendizado.

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