Justiça nega pedido de prisão domiciliar de Maluf
Político deve saber da notícia pela TV de sua cela
No fim da tarde desta quarta (17), o juiz Bruno Macacari, da Vara de Execuções Penais do DF, negou a prisão domiciliar de Paulo Maluf. Trata-se de uma decisão definitiva e, portanto, um enorme revés da estratégia de defesa do ex-prefeito de São Paulo. Seus advogados protocolaram pedidos e laudos para comprovar o estado de saúde do político de 86 anos, que sofre de câncer de próstata, hérnia de disco e problemas cardíacos.
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Como a decisão foi proferida no fim de tarde – e Maluf receberá a visita de um advogado apenas na manhã de quinta (18) – ele deve saber pelo noticiário da TV de sua cela que sua estadia da Papuda será mais extensa. Os advogados garantem que o cliente está deprimido, perdeu peso e tem visitado o ambulatório do local diariamente. A queixa maior diz respeito às dores na coluna.
Dona Sylvia será informada sobre a negativa da Justiça por seu filho Flavio, com quem ela passou a noite de Réveillon. A mulher de Maluf tem chorado todos os dias quando fala do assunto. Ela não sei de casa com receio de ser hostilizada e cancelou as rodadas de tranca que promovia, todos os dias, às 17 horas, em sua residência.
Maluf, pelo menos até o momento, não aceitou a visita de nenhum parente na Papuda, onde divide a cela com três presos (dois traficantes e um fraudador de concurso público). Os advogados vão recorrer da decisão no Tribunal de Justiça do Distrito Federal. O caso não tem data para ser julgado.