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Médico revela por que olha Facebook de pacientes que morreram

"Então eu pego a sua carteira de motorista e procuro o seu nome no Facebook. Há chances de nós termos amigos em comum, eu conheço muitas pessoas"

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 24 out 2018, 18h31 - Publicado em 24 out 2018, 18h27

Um dos maiores desafios que enfrentamos é a morte de uma pessoa querida. O que nós não lembramos, no entanto, é que o falecimento de um paciente também pode ser bastante desgastante para os profissionais da área da saúde, especialmente quando eles precisam dar a notícia para amigos e familiares. Louis M. Profeta, médico do Hospital St. Vincent em Indianapolis, nos Estados Unidos, escreveu uma carta aberta para revelar por que olha o perfil no Facebook dos pacientes que perdeu.

Atenção: o texto pode ser desconfortável para alguns leitores.

Na mensagem, o Dr. Louis explica aos jovens leitores que busca detalhes na internet antes de conversar com os pais dos pacientes: “Eu vou mudar a vida deles. Da sua mãe e do seu pai. Em cerca de cinco minutos, eles nunca mais serão os mesmos, eles não serão felizes novamente. Agora, você só é um corpo sem nome, que parece um jornal molhado, que nós maltratamos com agulhas e tubos na esperança de te salvar. Não há movimento, não há vida, nada que me mostre que você teve sonhos e expectativas. Eu devo aos meus pacientes a necessidade de aprender um pouco sobre eles”.

“Porque agora… eu estou bravo com você, com o que você fez consigo mesmo e o que você vai fazer com eles. Eu não sei nada sobre você. Mas eu devo à sua mãe espiar o seu mundo quando vivo”, explica o Dr. Louis.

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“Você poderia estar mandando uma mensagem, e não prestando atenção na estrada. Ou você estava bêbado demais e dirigiu quando deveria ter pedido um Uber. Você pode ter usado heroína ou Xanax pela primeira vez, ou uma carreira de cocaína, ou metanfetamina ou Vicodin na festa da sua universidade. Talvez você tenha andado de bicicleta sem capacete, ou ignorado o conselho dos seus pais para não sair com aquele ‘amigo’. Você pode apenas ter desistido de viver. Pode ser que tenha sido a sua hora, mas a verdade é que na maioria das vezes… não era”.

“Então eu pego a sua carteira de motorista e procuro o seu nome no Facebook. Há chances de nós termos amigos em comum. Eu conheço muitas pessoas”, explica o médico. “Eu vejo que você está usando o mesmo colar e brincos que agora estão na bandeja, o mesmo boné e a mesma jaqueta que foram rasgadas com tesouras, o tecido cheio de sangue. Você estava a caminho do show do U2. Ouvi dizer que foi ótimo”.

“Te vejo sorrindo, como deveria ser, a cor dos seus olhos quando eles estão cheios de vida, quando você foi para a praia, assoprando velas de aniversário, o Natal na vovó. Olha, você também tem um maltês! Eu noto isso. Eu vejo você com a sua mãe e seu pai na frente de sua universidade. Eu vou saber exatamente quem eles são, quando entrar na sala de espera”, diz o médico. “Você tem sorte de não precisar ver isso. O seu pai gritando o seu nome repetidas vezes, a sua mãe puxando os cabelos, enrolada no chão com as mãos na cabeça, como se ela estivesse tentando se proteger de um golpe imprevisto”.

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Eu vejo o seu perfil no Facebook antes de dizer que você morreu porque isso me lembra que estou falando sobre uma pessoa, alguém que eles amavam. Acalma a voz na minha cabeça que está gritando: ‘Como você pode fazer isso com eles? As pessoas que você deveria amar?'”

As informações são do Bored Panda.

Dê sua opinião: E você, o que achou do desabafo do médico? Deixe seu comentário e aproveite para curtir nossa página no Facebook!

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