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Leandra Leal faz desabafo emocionante sobre a filha de 3 anos

Atriz dividiu com seguidores o que sente diante dos desafios de ser mãe de uma menina negra em meio ao racismo. "Me comprometo a estar do seu lado"

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 20 nov 2017, 20h16 - Publicado em 20 nov 2017, 20h15

No Dia da Consciência Negra, a atriz Leandra Leal publicou no Instagram um longo desabafo sobre o assunto. Mãe de Júlia, de 3 anos de idade, ela dividiu com seguidores o que sente diante dos desafios de ser mãe de uma menina negra.

Júlia chegou no ano passado, e tanto ela quanto o marido Ale Youssef costumam ser discretos ao expor a menina aos holofotes. “Mas eu, como branca, mãe de uma menina negra, abre-se um outro portal nesse Brasil de hoje. Eu me abri e me coloquei num lugar que, por mais que eu tivesse consciência da sua existência, eu não sentia”, escreveu na legenda de uma foto das duas.

E pior, eu nunca vou sentir. Eu nunca vou poder de fato compartilhar o sentimento da minha filha ao sofrer preconceito. Eu vou me indignar junto, vou consolar, vou lutar junto, vou fazer de tudo para que ela tenha autoestima forte, mas essa experiência vai ser só dela”, completou.

“O que eu posso fazer é tornar essa luta minha também. É criá-la forte, como minha mãe me criou, é dar autoestima, consciência, liberdade e amor.” 

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Confira na íntegra:

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Eu, que sempre lutei por liberdade e igualdade, que sempre me indignei contra a injustiça, intolerância, machismo e preconceito. Eu, que sempre me considerei politizada e consciente, cai na terra quando fui mãe. De alguma forma, a maternidade intensificou isso tudo. Acho que toda mãe passa por esse processo: tem medo desse mundo, tem dúvidas de como criar sua filha para ser forte e potente, capaz de autonomia e enfrentamento. Capaz de amar o outro como a si próprio. Ser mãe me fez uma pessoa muito mais conectada ao outro. Agradeço tudo o que eu venho vivendo. A descoberta desse amor e dessa vida, dessa consciência nova, desse novo olhar para o mundo. Dessa vontade de construir um novo normal com a minha filha. Mas eu, como branca, mãe de uma menina negra, abre-se um outro portal nesse Brasil de hoje. Eu me abri e me coloquei num lugar que, por mais que eu tivesse consciência da sua existência, eu não sentia. E pior, eu nunca vou sentir. Eu nunca vou poder de fato compartilhar o sentimento da minha filha ao sofrer preconceito. Eu vou me indignar junto, vou consolar, vou lutar junto, vou fazer de tudo para que ela tenha autoestima forte, mas essa experiência vai ser só dela. O que eu posso fazer é tornar essa luta minha também. É criá-la forte, como minha mãe me criou, é dar autoestima, consciência, liberdade e amor. É dentro do meu lugar de fala, contar para outros brancos como nós somos privilegiados e como precisamos abrir mão desses privilégios! Como não precisamos ficar provando com discursos que nós não somos racistas, quando na verdade precisamos ouvir quem passa por isso e reconhecer que o buraco é muito mais embaixo. Reconhecer que somos, sim, resultado de um processo histórico onde alguns foram privilegiados e muitos, excluídos. Hoje pode ser um dia para nós, como sociedade, buscarmos a compreensão da nossa realidade: uma sociedade que é diversa, plural, desigual e racista. Eu, como mãe da Julia, agradeço infinitamente a oportunidade de ser sua mãe e me comprometo a estar do seu lado nessa luta, minha filha. Para todo o sempre.

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