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Conselho de Psicologia critica Globo por O Outro Lado do Paraíso

Em comunicado, o órgão acusou a Globo de tratar o trauma sofrido pela personagem Laura com "simplismo" e "interesses mercadológicos"

Por Thaís Oliveira Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 6 fev 2018, 20h12 - Publicado em 6 fev 2018, 16h07

Exibida nesta segunda (5), a primeira sessão de hipnose de Laura (Bella Piero) com a advogada Adriana (Júlia Dalavia) em O Outro Lado do Paraíso vem causando polêmica. O Conselho Federal de Psicologia divulgou uma crítica à abordagem do trauma da personagem, abusada sexualmente na infância pelo padrasto.

Em nota divulgada nesta terça (6), o órgão diz que a emissora “presta um desserviço à população” ao tratar o trauma causado pelos abusos sexuais com “simplismo” e “interesses mercadológicos”.

Aconselhada pela irmã Clara (Bianca Bin), a jovem procura os serviços de coaching e hipnose da advogada para entender os problemas sexuais com o atual marido. Dias antes, foi ar ar um diálogo entre a Clara e a advogada com merchandising patrocinado pelo Instituto Brasileiro de Coaching (IBC).

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É consenso no Brasil de que pessoas com sofrimento mental, emocional e existencial intenso devem procurar atendimento psicológico com profissionais da Psicologia, pois são os que tem a habilitação adequada”, diz o texto. Saudamos como positiva a manifestação de diversos grupos e escolas de coaching, que, manifestando-se sobre o ocorrido, afirmaram compreender que os transtornos mentais devem ser cuidados por profissionais da saúde mental.”

O órgão também argumenta que a obra, mesmo se tratando ficção, tem a capacidade de formar opinião. Afirma também que as novelas da Globo “frequentemente buscam embaralhar as barreiras do ficcional e do real, entre outras formas, introduzindo nas tramas fatos e temas candentes da sociedade”. Leia na íntegra aqui.

Procurada, a assessoria de imprensa da Globo disse em nota que a trama quer mostrar “o processo pelo qual passa uma pessoa que precisa de ajuda, recorrendo a diferentes e variadas formas de apoio e terapias, das mais às menos ortodoxas”

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Leia na íntegra:

“As novelas são obras de ficção, sem compromisso algum com a realidade. A Globo reconhece a importância de todos os seus programas para discussões e reflexões sobre assuntos de interesse da sociedade e está atenta à responsabilidade que lhe é atribuída sobre todos os temas abordados. O que a novela O Outro Lado do Paraíso quer mostrar com o desenvolvimento da trama da personagem Laura é o processo pelo qual passa uma pessoa que precisa de ajuda, recorrendo a diferentes e variadas formas de apoio e terapias, das mais às menos ortodoxas.

É importante reiterar, ainda, a seriedade com que a novela O Outro Lado do Paraíso tem abordado, desde a estreia, questões relacionadas a diferentes tipos de abuso e preconceito. Corroborando o compromisso da Globo com a sociedade, está prevista a exibição, ao final de alguns capítulos, de cartela de divulgação do Ligue 100, número oficial para denúncias de violação de direitos humanos.”

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Merchandising

Na cena exibida nesta sexta (2), Adriana revela à personagem de Bianca Bin que é coach e faz hipnose. Ela conta detalhes o método terapêutico, citando inclusive o presidente do instituto. Também aparece por alguns segundos a capa de um dos livros publicados por ele.

Procurado, o Instituto Brasileiro de Coaching (IBC), confirmou a ação de merchandising, mas não revelou o valor investido. Segundo o instituto, foi combinado que o merchan apareceria em um diálogo entre a mocinha Clara e a advogada, embora não tenham tido acesso ao roteiro final.

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Clara: Você me disse uma vez que é coach. Eu não entendi direito.

Adriana: Para entender melhor: segundo José Roberto Marques, o principal coach do Brasil, a palavra coach talvez venha de coach, um meio de transporte antigo em inglês. É como levar a pessoa de um lugar ao outro, um destino desejado.

Clara: Não é uma terapia convencional, né?

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Adriana: Não. O coach usa ferramentas mais rápidas. Por exemplo, se uma quer emagrecer, é possível emagrecer com conversas, exercícios.

Clara: Você disse também que é possível usar a hipnose?

Adriana: Sim, mas não é uma hipnose em que a pessoa faz tudo o que a outra quer, como um zumbi. É impossível. A hipnose ericksoniana é como um caminho para as memórias. Todos nós temos um segredo guardado, Clara. Às vezes, a gente passa por situações tão difíceis que esquece das coisas, é uma forma de se proteger da dor da experiência.

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