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Poder SP - Por Sérgio Quintella

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Sérgio Quintella é repórter de cidades e trabalha na Vejinha desde 2015
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Quem é Ricardo Nunes, novo prefeito de São Paulo

Ex-vereador pelo MDB assume a vaga deixada por Bruno Covas, morto neste domingo (16)

Por Sérgio Quintella Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
16 Maio 2021, 10h48
Prefeito Ricardo Nunes, que assume a gestão da cidade
Ricardo Nunes (Alexandre Battibugli/Veja SP)
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A partir deste domingo (16), São Paulo tem um novo prefeito. Com a morte de Bruno Covas, seu vice, Ricardo Nunes, 53, assume o comando da maior cidade do país. Ex-vereador por dois mandatos pelo MDB, ele é católico praticante e ligado à associação de empresários da Zona Sul. Como parlamentar, Ricardo Nunes compôs a base de apoio dos ex-prefeitos Fernando Haddad (PT) e João Doria (PSDB). No Legislativo, se empenhou para que o tema sexualidade não fosse objeto de aulas nas escolas municipais. Também foi autor de um projeto de lei que cria um sistema de transporte aquático na Represa Billings, seu reduto eleitoral. A proposta, pouco exequível, foi incorporada pela atual gestão e faz parte do Plano de Metas.

Em 2019, foi membro da CPI dos bancos, que investigou a sonegação de imposto sobre serviços (ISS) na capital. “Fiz muitos inimigos na CPI, mas eles são inimigos da cidade, não meus. Teve banco que representou contra mim, fez boletim de ocorrência. Mas não tenho medo”, disse à Vejinha em outubro do ano passado, durante a corrida eleitoral. Na mesma entrevista, falou não acreditar no afastamento do prefeito Bruno Covas, vencedor daquele pleito. “Isso (afastamento) é algo que está descartado. O Bruno está superbem. A saúde dele é fantástica. Não vejo possibilidade de assumir a prefeitura nos próximos quatro anos.”

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A imagem é uma montagem com duas fotos. À esquerda, Nunes e Covas, de máscara, durante campanha nas ruas de São Paulo, cercados de pessoas. À direita, Nunes está à frente de outros três policias, todos de máscara, com expressão séria encarando a câmera.
Nunes e Covas durante a campanha (à esquerda), e vice com agentes da prefeitura no combate a festas clandestinas (à direita): nada muda (Leo Martins/Alexandre Battibugli/Veja SP)

 

Ainda durante a campanha, o emedebista foi alvo de denúncias de agressões domésticas e favorecimento a uma ONG após aprovações de leis tributárias. No primeiro caso, sua esposa, Regina Carnovale, chegou a registrar um boletim de ocorrência relatando ameaças e agressões. Na sequência, ambos disseram que passaram por momentos conturbados no casamento, mas negaram agressões.

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Em relação à segunda situação, Nunes também se disse inocente. “A denúncia anônima, feita na época da CPI da Sonegação, afirma que eu aprovei duas leis de isenção fiscal para beneficiar a Sobei, uma entidade da qual eu participo há vinte anos. As leis realmente foram criadas, mas a ONG, por ter imunidade tributária, não precisava ser contemplada pela legislação.

No sábado (15), véspera da morte de Covas, Ricardo Nunes compareceu a um evento público e comentou a situação. “A melhor homenagem que a gente pode fazer ao prefeito Bruno Covas é continuar cuidando da população. É o que ele sempre nos orientou, sempre nos cobrou, mesmo agora quando teve a última internação. Sua orientação sempre foi de que a cidade não parasse. Ele estava sempre cobrando a equipe. Nós seguimos e continuaremos seguindo as determinações do prefeito. Não existe melhor homenagem ao prefeito do que a gente continuar trabalhando, do que continuar cuidando da população da cidade”.

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