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Por Juliene Moretti
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Zeeba, do indie rock ao pop eletrônico

Depois de hits com 'Hear Me Now', em parceria com Alok, o músico se lança na carreira-solo

Por Juliene Moretti Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
5 out 2018, 18h04

Já passava das 17h e Marcos Zebalus, ou melhor, Zeeba, entrava na sua última entrevista do dia, que tinha começado às 11h. Sem tempo para comer, a produção encontrou uma barra de whey para “enganar o estômago”. “Será que faz mal? Comecei hoje a controlar a minha alimentação e não queria já deslizar”, diverte-se enquanto arrancava um pedaço do que parecia ser chocolate. Ele tem um motivo para se preocupar. Depois de estourar ao lado de Alok com o hit Hear me Now, há dois anos, o duo (e mais uma equipe de produção) fez mais de duzentos shows ao redor do mundo. “Muitas vezes, a gente tinha que ir de um show para o outro [chegaram a fazer quatro em um dia] e a única coisa que tinha para comer era o hambúrguer de fast-food que arranjavam no caminho”, lembra. Menos o Alok, que segundo ele, era regrado. “Ele vinha com as marmitinhas certinhas, ficava até o cheiro no ambiente”, lembra.

Agora, o rapaz se lança com a carreira-solo e já começa com uma sequência de quatro performances dentro do Z Festival, que tem entre as estrelas a cubano-americana Camila Cabello. “Eu estou bem empolgado: estamos desde já preparando uma apresentação especial, ensaiando, vendo o que funciona para animar mesmo a plateia”, conta ele que vem se acostumando a segurar o público por sozinho por uma hora de show. “Eu aprendi um pouco acompanhando o Alok e vendo outros artistas no palco”, diz ele. Entre as experiências estão apresentações em países de comportamentos bem diferentes do Brasil, como a China. “Eles ficavam bem paradinhos durante a apresentação e, então, a nossa guia ensinou a gente a gritar frases em chinês como ‘todo mundo pulando’, ‘mãos para cima’ e não deu outra, eles obedeciam”, diverte-se.

As datas da turnê por aqui vieram bem a calhar, pois vem lançando singles como a animada Young Again, que ganhou um clipe nesta sexta (5). “O legal é que as pessoas já vão conhecer a música para cantar junto com a gente por lá.”

O sucesso pode parecer repentino, mas nem tanto para Zeeba. Nascido em San Diego, na Califórnia, nos Estados Unidos, ele passou a vida se dividindo entre os dois países. Por aqui, durante a adolescência se aproximou do rock e suas vertentes, como punk e indie. “Tinha uma admiração mesmo pelo Blink 182, eles eram muito divertidos”, afirma. Com a inspiração, formou sua primeira banda. Na hora de escolher a profissão depois do colégio, decidiu investir na música, mesmo quando os amigos questionava sobre o futuro por aqui. Mudou-se novamente para os Estados Unidos, desta vez, para fazer faculdade, em Los Angeles. Por lá, entre os estudos, também apostou na banda de pop rock, o Bonavox, que chegou estar entre os artistas do Grammy Amplifier, premiação ligada ao Grammy Awards que encontra novos artistas no mundo.

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Ali, ele era o guitarrista e atuava como backing vocal. “A banda brigou e eu, decepcionado, voltei para cá e conheci o Martini”, lembra. O produtor foi o responsável em abrir os olhos de Zeeba para a música eletrônica. Na ocasião, ele estava tentando desenhar um projeto solo, mas na dúvida se continuaria ou não com a música. “Hear Me Now foi exatamente para me motivar, era também uma mensagem de pai para filho, porque meu pai me ajudou muito nessa fase”, explica. A versão foi composta como indie rock e seria destinado ao EP. Mas Alok chegou antes e pediu a faixa. “Já estava de volta em Los Angeles e ele me ligou dizendo que queria deixá-la mais eletrônica e lançarmos um trabalho em conjunto. Eu topei”, afirma. A turnê começou grande. No segundo show, por exemplo, o duo se apresentou no Villa Mix Festival, em Goiânia, para cerca de 60 000 pessoas. Em seguida, veio ainda as faixas, Never Let Me Go, e With Me, com o Martini.

Apesar da influência roqueira na adolescência, o estilo musical mais pop eletrônico o agrada. “Eu gosto de música para cantar junto”, explica. Entre as referências atuais, ele cita Twenty One Pilots, Calvin Harris e Kygo. Já para as composições, mesmo quando se baseia em experiências pessoais. A nova Young Again, por exemplo, veio a partir do fim de um relacionamento do início do ano. “Eu lembro do começo de um namoro, em que a gente está apaixonado e tudo é novo e legal, mas com o tempo, nos tornamos pessoas diferentes e infelizmente acaba — ainda que tentamos relembrar aquilo que já passou”, explica. “Assim como Hear Me Now e outra nova, Live in the Moment, são músicas que foram momentos mais introspectivos, mas que eu quero me motivar, transformar em algo positivo”, completa.

Entre os sonhos já realizados está tocar no Tomorrowland, na Bélgica. “Sempre quis ir para lá para curtir e foi demais ir para me apresentar”, lembra. Os próximos passos são dois meses de turnê pelo Brasil, com direito a banda e produção própria. Entre as apresentações está abrir um show do Wesley Safadão. “Eu vou para onde o público estiver afim. Quero que todo mundo se divirta”, diz.

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