A história do rap brasileiro passa por São Paulo. Saíram daqui nomes que mudaram o gênero, como Racionais MC’s, Criolo e Emicida. Uma nova geração de fora da cidade agregou fôlego e criatividade à cena. De Belo horizonte, Djonga está entre eles. Sua carreira é prolífica: desde 2017 foram três álbuns lançados. Heresia, o primeiro, além das críticas sociais, carrega um quê de religiosidade nos versos. Em O Menino que Queria Ser Deus, ele vem com assuntos mais pessoais, como se percebe em Canção pro Meu Filho, que fala das incertezas da paternidade e do próprio crescimento. Mais maduro, o rapper opta em Ladrão por batidas originais e um mix de temáticas. Bença, por exemplo, é um intenso retrato da relação entre um filho e a mãe (ou avó). Chamam atenção também a faixa-título e a mais romântica, Leal.
Audio. Avenida Francisco Matarazzo, 694, Água Branca, informações: 3862-8279. Sexta (26), 0h. R$ 120,00.

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