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Polêmica e docilidade:a China sob o olhar feminino em dois filmes inéditos

Awkwafina foi premiada como melhor atriz no Globo de Ouro 2020 por A Despedida

Por Miguel Barbieri Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
22 jul 2020, 15h53

Foi curioso encontrar dois filmes chineses dirigidos por mulheres nas plataformas digitais de aluguel. E foi assim que nasceu este post. A Despedida é mais famoso. Concorreu ao Globo de Ouro 2020 e, mesmo premiado, ficou inédito nos cinemas brasileiros. O mesmo ocorreu com Um Cão Latindo para a Lua, igualmente premiado, mas no Festival de Berlim. São dois enfoques sobre a China de hoje, só que com propostas distintas. A Despedida é mais leve e endereçado ao grande público. Um Cão é mais dramático e, por ter uma narrativa lenta, deve agradar quem gosta de trabalhos autorais. Boas sessões.

A Despedida > Mesmo com uma indicação (melhor filme de comédia ou musical) e um Globo de Ouro (melhor atriz do gênero para Awkwafina), a comédia dramática não chegou aos cinemas brasileiros. Em um trabalho sensível, Awkwafina mostra mais versatilidade do que nos estereótipos asiáticos impostos a ela em sátiras como Podres de Ricos. O título e o ponto de partida dão uma ideia equivocada do enredo. Há, sim, uma personagem doente e com poucos meses de vida, mas a diretora e roteirista chinesa Lulu Wang opta pelo caminho do humor. Awkwafina interpreta Billi, uma estudante de Nova York que, ao saber que sua querida avó (a formidável Shuzhen Zhao) está com câncer terminal, vai à China para uma visita. É o momento para estar junto dos pais, que também se mudaram para os Estados Unidos, dos tios, que migraram para o Japão, e do único primo, que vai se casar. Também é um reencontro da protagonista com suas raízes chinesas, situação muito similar à de Awkwafina, que foi criada pela avó chinesa, após a morte de sua mãe. Tem no NOW, Looke, Google Play e outras plataformas digitais de aluguel.

Um Cão Latindo para a Lua > Ganhou uma menção do júri da premiação do Teddy, voltado a filmes de temática LGBT, no Festival de Berlim 2019. Não espere, contudo, algo muito explícito no primeiro longa-metragem da diretora chinesa Lisa Zi Xiang. Inspirado em suas próprias experiências de vida, a realizadora aborda, com coragem e transparência, sobretudo na fechada sociedade chinesa, a homossexualidade na maturidade. Xiaoyu (Siqin Gaowa) chega a Pequim para visitar os pais. Ela veio dos Estados Unidos, está grávida e acompanhada do marido gringo. Há um certo desconforto na recepção e, aos poucos, o roteiro vai colocando as cartas na mesa. Sua mãe (Naren Hua) não se conforma por ter um marido homossexual e, para isso, frequenta uma espécie de seita que diz ter a cura gay. Em flashbacks, relembra-se também a relação bastante conflituosa entre mãe e filha, desembocando num desfecho revelador. Tem no NOW.

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