Nada Ortodoxa, da Netflix, é dica da Vejinha para a quarentena
Confira a opinião da editora Mônica Santos, que escolheu a série sobre uma jovem que foge da comunidade judaica de Nova York
Como comentei na semana passada, estou convidando meus colegas de redação da VEJA SÃO PAULO para sugerir algo para você ver durante a quarentena. E a dica desta semana é da editora Mônica Santos, que escolher a série Nada Ortodoxa, da Netflix. Segue abaixo a avaliação dela, com quatro estrelas.
“Nada Ortodoxa é uma série curtinha, com apenas quatro episódios, que dá para assistir em pouco mais de três horas. Miúda, com traços delicados, mas gigante na capacidade de envolver e conduzir o espectador pelo drama de sua personagem, a atriz israelense Shira Haas interpreta Esther Shapiro. Ela é uma garota judia de 19 anos, recém-casada, que decide fugir do marido e da comunidade ultraortodoxa de Williamsburg, no bairro do Brooklyn, em Nova York. Seu destino é Berlim, onde desembarca com a roupa do corpo e alguns trocados.
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A narrativa é baseada no livro Unorthodox: The Scandalous Rejection of My Hasidic Roots, de Deborah Feldman, também corroteirista da minissérie. Assim como a protagonista, Deborah vivia em uma comunidade judaica hassídica fundada por sobreviventes do Holocausto. A história se desenrola em duas frentes: no presente, acompanha-se a descoberta de Esther em uma Berlim colorida, esfuziante, musical e tolerante. E também a trajetória do marido (Amit Rahav) à sua procura.
Nos flashbacks, descobre-se que a moça foi criada longe da mãe, em meio aos costumes religiosos e num casamento arranjado. Um dos grandes méritos de Nada Ortodoxa é mostrar, com riqueza de detalhes, os valores e a cultura da comunidade judaica, tanto que boa parte dos diálogos é falada em iídiche. Yakov, o companheiro de Esther, revela-se igualmente vítima de um sistema rígido e repleto de obrigações. Ela, por sua vez, ao romper as fronteiras, segue rumo a uma jornada de esperança, que fica ainda mais deliciosa de embarcar nesses tempos tão sombrios”.
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