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Uma viagem no tempo às décadas passadas por meio de suas histórias, costumes e curiosidades.
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Dez curiosidades sobre a Tubaína

Representante genuinamente nacional na eterna guerra dos refrigerantes

Por Roosevelt Garcia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 20 jan 2022, 14h15 - Publicado em 26 set 2017, 10h20

Tubaína tem gosto de infância. Na guerra dos refrigerantes que é travada em todo o mundo há mais de um século, ela é um representante puramente nacional que ainda faz a alegria de muita gente, mesmo já tendo conhecido melhores dias.

Sua história em nosso país é cercada de curiosidades. Conheça algumas delas:

 

  • A tubaína tradicional foi criada no interior de São Paulo

Dados concretos sobre sua origem são conflitantes. A primeira versão diz que ela foi criada em Piracicaba no final do século XIX por José Miguel de Andrade, um fabricante de bebidas. Seu filho teria experiementado a fórmula inventada pelo pai e disse que era “cotuba”, termo usado na época para “legal”, então a bebida foi batizada de “cotubaína”, nome que foi depois um pouco alterado por outros fabricantes, mas usando a mesma fórmula. Outra versão diz que ela foi criada como Etubaína Orlando em 1913, também em Piracicaba, e uma outra ainda conta que a empresa Ferráspari, criada em Jundiaí em 1935, registrou a marca “turbaína” como sinônimo de refrescos, trazendo para si a responsabilidade de ter inventado o produto, que surgiu primeiro como bala e depois se tornou refrigerante.

(Veja São Paulo/Divulgação)

 

  • Ela é basicamente feita de guaraná, com extrato de tutti-frutti

Em qualquer formula ou marca, ela é sempre feita com a fruta guaraná, com o acréscimo do extrado de frutas mistas, ou tutti-frutti, que varia um pouco conforme a receita, geralmente uma receita de família. Seu sabor é semelhante em todas as variações.

 

  • Tubaína deixou de ser uma marca e se tornou um gênero de refrigerante

Foi o que disse a juíza Vanessa Velloso Silva Sad e o relator Tasso Duarte de Mello em 2015, quando julgavam um processo que a empresa Ferráspari, dona do nome Turbaína (desde os anos 30) e Tubaína (desde os anos 50) movia contra a Brasil Kirin, dona da marca Schincariol, que usa o nome Itubaína em seus refrigerantes desse sabor. Além do processo ter prescrito, o nome Tubaína não pode mais ser considerado uma marca, visto ser usado para designar um determinado gênero do produto.

 

  • A Etubaína Orlando é a mais antiga ainda em fabricação

A Fábrica de Refrigerantes Orlando, de Piracicaba, fundada pelo imigrante italiano Vicente Orlando em 1913, foi homenageada em 2013, ano do seu centenário.

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Etubaína Orlando: a mais antiga ainda em fabricação que usa o nome “tubaína” no rótulo. (Veja São Paulo/Divulgação)

 

  • Muitas marcas desapareceram devido à concorrência desleal

As tubaínas tradicionais vinham em garrafas de 600 mililitros, exatamente iguais às de cerveja, que eram retornáveis. Conta uma lenda urbana que grandes fabricantes aceitavam o retorno de marcas que não eram as suas, fazendo com que pequenas fábricas de tubaína ficassem sem vasilhames para seus produtos, e consequentemente fechando com o passar do tempo.

 

  • A tubaína se tornou presente em todas as classes sociais

Antigamente, tubaína e pão com mortadela eram considerados itens de consumo de pessoas sem muitos recursos. Uma garrafa de 600 mililitros da tradicional tubaína rendia quatro copos e custava menos que um refrigerante de 300 mililitros, o que a tornava a bebida preferida para acompanhar um bom sanduíche de mortadela, o embutido mais barato que existia. Hoje em dia, ambos ganharam status, e apesar de ainda serem mais baratos que a maioria dos equivalentes, estão presentes em todas as classes sociais.

 

  • Algumas marcas atualmente comercializadas:

Itubaína, Turbaína, Cotuba, Arco Iris, Jaboti, Conquista, Funada, Cristalina, Frutty Bom, Simba, Don, Estrela, Guarany, Minada, São José, Tubaína Baré, Etubaína Orlando, Tuiubaína, Tatuína, Cruzeiro, Bacana, Cibel, Ligiane e Mate Couro.

Rótulos antigos de Tubaínas ainda comercializadas nos dias de hoje (Veja São Paulo/Divulgação)

 

  • Marcas que não existem mais:

Tubaína Rainha, Tupinambá, Elite, Bremer, Cajaína, Tabaína e Itubraina Gilda.

Rótulos de antigas Tubaínas que não existem mais (Veja São Paulo/Divulgação)

 

  • Há um bar em São Paulo especializado em tubaínas

O Tubaína Bar tem no cardápio mais de vinte rótulos de tubaínas, além de elaborar drinques adaptados para usar o famoso refrigerante. A seleção de bebidas é feita por profissionais especializados, os “tubaliers” (sommelier de tubaína). O bar foi o primeiro da cidade a ganhar o selo de Restaurante Sustentável, pois a maioria do seu mobiliário é reutilizado, além de outras ações que são tomadas para o uso consciente de recursos.

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Tubaínabar – especializado em tubaínas (Veja São Paulo/Divulgação)

 

  • Existe uma banda de rock com esse nome

Fundada em 1992, a banda Tubaína mistura rock com a música caipira do interior de São Paulo. Músicas bem humoradas e que fazem alusão a cidades do interior são a marca do grupo, que ainda está na ativa. Já fizeram shows no lendário AeroAnta e têm três CDs gravados, dois de estúdio e um ao vivo.

Banda Tubaína, rock e letras bem humoradas desde 1992 (Veja São Paulo/Divulgação)

 

 

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