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Por Matheus Prado
Matheus Prado é repórter de VEJA SÃO PAULO e já passou por veículos como Estadão, Folha de S.Paulo e UOL. Experimenta, neste blog, fazer coisas que nunca fez.
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Fui ver qual é a das aulas de trapézio voador

"Subi as escadas com pouca convicção no que estava fazendo. Na minha cabeça, era óbvio que não ia conseguir fazer o movimento sozinho no meu voo inaugural"

Por Matheus Prado
Atualizado em 26 jun 2019, 19h15 - Publicado em 26 jun 2019, 19h02

Lembro como se fosse hoje da primeira vez que vi um espetáculo do Cirque du Soleil. É clichê, eu tô ligado, mas realmente me marcou. A variedade de acrobacias, o controle corporal indefectível e o humor na medida certa deixaram o Matheus de 14 anos maravilhado. Saí dali pensando: “Preciso dar um jeito de entrar para esse circo”. Escorregando do mundo dos sonhos diretamente para a dura realidade, obviamente não enveredei por este caminho. Para dizer a verdade, não movi um músculo para perseguir o fugaz objetivo, mas a admiração ficou.

Uma das técnicas mais impressionantes que vi lá – e que dá uma leve gastura para quem está assistindo – é o trapézio voador. Distantes do chão, os atletas se penduram no aparelho e performam diversas acrobacias. O catch, quando o trapezista se solta da sua estrutura e é segurado por outro companheiro, talvez seja o grande símbolo da modalidade. É divertido assistir, mas parece distante da realidade do cidadão comum ligeiramente fora de forma. Ledo engano.

Há uns dias, esbarrei (leia-se recebi um release) em uma escola no Butantã, na Zona Oeste da cidade, que oferece desde o início do ano exatamente isso, aulas de trapézio voador para cidadãos comuns ligeiramente fora de forma. E não só. Fui durante a semana, à noite, e a turma era bem diversa. Como cada aluno vai ao trapézio separadamente, não há divisão entre crianças e adultos.

(Trapézio Voador/Divulgação)

Primeiro, os instrutores comandam uma série de alongamentos daquela que você vai se lembrar nos próximos dias. É compreensível, pelo que se avizinha na aula. Para quem está começando, há ainda uma prévia do que é feito lá no alto num trapézio mais próximo ao chão. Estiquei os braços e apoiei o peso ali. O professor disse então: “Agora passa as pernas pela barra e se segura pelos joelhos”. Ri de nervoso e tive a certeza que não ia rolar. Ele ajudou a levantar minhas pernas com as mãos, e rolou. Estava ali o knee hang, ou balanço pelos joelhos, um dos movimentos-base da prática.

Logo após o test-drive, é hora de repetir tudo, dessa vez pra valer. Subi as escadas com pouca convicção no que estava fazendo. Na minha cabeça, era óbvio que não ia conseguir repetir o movimento sozinho no meu voo inaugural. Espalhei magnésio, aquele pó branquinho, nas mãos, me sentindo um grande ginasta. Depois, me equilibrei na prancha de salto enquanto um dos orientadores colocava as cordas de segurança no meu cinto.

Também pelo cinto, o homem me segurou e pediu que soltasse o meu peso para frente. Quando vi, estava com a barra nas mãos aguardando a instrução para pular. Finalmente o grito imperceptível veio, mas demorei um pouco para ir, porque estava concentrado demais. No momento em que saltei, fui me ajustando ao equipamento. A barra é dura pra caramba, senti logo a pele dando uma leve puxada.

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Alcancei o ponto mais alto do movimento, e aí veio o segundo grito. Era a hora de fazer o knee hang. Com a lentidão típica de um cidadão comum ligeiramente fora de forma, briguei um pouco contra o trapézio, mas consegui prender as pernas (veja a delicadeza do meus movimentos no vídeo abaixo). Ainda veio mais um comando, indicando para soltar os braços. E voilá! Fiz de primeira. Que massa! Confederação Brasileira de Ginástica pode me convocar já!!!

Voltaria? Brincadeiras à parte, é bem legal conseguir fazer movimentos tão plásticos em pouco tempo de treino. Então, sim, voltaria para ser um aluno regular. A Trapézio Voador tem aulas semanais a 390 reais ou 580 reais, para quem quiser praticar duas vezes a cada sete dias. Aulas avulsas custam a partir de 120 reais. Rua Alvarenga, 150, Butantã.

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