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Por Matheus Prado
Matheus Prado é repórter de VEJA SÃO PAULO e já passou por veículos como Estadão, Folha de S.Paulo e UOL. Experimenta, neste blog, fazer coisas que nunca fez.
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Fui ver qual é a da terapia de flutuação numa cápsula de estilo futurista

"Num tanque grande e redondo, dentro de um quarto escuro, me deitei peladão e fechei a cobertura"

Por Matheus Prado
Atualizado em 23 Maio 2019, 16h39 - Publicado em 23 Maio 2019, 16h32

Ansioso poderia ser meu nome do meio. Não que eu não goste do Duarte, que vem do meu avô Waldir e me liga à Terrinha, mas não me identifico como Edward, ou Edouard, ou Eduardo, nomes que provavelmente geraram este patronímico. Agora, como ansioso sim! Desde as incontáveis noites em claro antes de grandes eventos irrelevantes como excursões de escola, até os doces e amendoins que munem minha mesa de trabalho e me salvam em momentos de desespero.

Tudo isso para dizer o que? Consegui uma proeza uns dias atrás: passar uma hora – na verdade pareceu muito mais que isso – sem fritar com problemas mundanos. E não precisei de quase nada. Somente uma cápsula de alta tecnologia, 1 000 litros de água, 500 quilos de sulfato de magnésio e otras cositas más.

Fui experimentar aquilo que chamam de terapia da flutuação, uma técnica de relaxamento ainda pouco conhecida no Brasil. O local especializado nisso, que ocupa uma casa grande em Pinheiros, é espaçoso e iluminado, com tons claros. O térreo tem uma sala de espera, uma copa e, do lado de fora, um jardim e um espaço de coworking. Encontramos os quartos ao subir as escadas. São mais escuros e ainda aconchegantes. A cápsula, protagonista disso tudo, fica posicionada ali no meio.

A cápsula de estilo futurista (Divulgação/Veja SP)

Trata-se de uma espécie de banheira gigante com tampa, cheia de água e sal. Dá para esticar braços e pernas sem encostar nas bordas. As grandes quantidades de sal (o tal sulfato de magnésio) na água fazem com que seu corpo fique à superfície sem fazer nenhum esforço, boiando. Num tanque grande e redondo, dentro do quarto escuro, me deitei peladão e fechei a cobertura.

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Mas o que se tira da experiência? Os minutos iniciais foram péssimos. Coluna e pescoço estranham a falta de estrutura firme. A música ambiente, que felizmente só toca nos primeiros dez minutos e nos últimos cinco, parece uma flautinha indígena genérica e irrita um pouco. Até o calor – que depois fica gostosinho – incomoda.

Uma almofada para a cabeça e o prometido silêncio me acalmaram. Fiquei lá, à deriva, pensando em nada e tudo ao mesmo tempo, sem grandes preocupações. É reconfortante. A escuridão e a falta de atrito com superfícies sólidas dão certa liberdade e fluidez ao corpo e à cabeça, que vai ficando cada vez mais leve. Confesso, entretanto, que as dores do futebol do dia anterior não diminuíram.

Perdi, durante a sessão, um pouco da noção de tempo e considerei ter recebido uns minutinhos extras da moça que me atendeu. Mas logo veio a flautinha de novo e me lembrou que ainda tinha um dia de trabalho pela frente.

Voltaria? Possivelmente. É ótimo para dar uma pausa naquela semana interminável ou para começar bem o dia. Ansiosos, como eu, também podem encontrar um alívio no tanque. Claustrofóbicos, corram! A sessão com uma hora de duração custa de 150 a 180 reais no Flutuar Float Center. Avenida Pedroso de Morais, 1803, Pinheiros, tel. 96379-2036. Ter. à sex., 10h às 22h; sáb., 9h30 às 20h; dom., 10h às 16h.

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