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Saúde, bem estar e alegria para os paulistanos
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João Paulo Pacífico explica como dá para comprar felicidade

"Dinheiro vai e vem, mas o tempo que ele doou não volta mais", escreve o fundador do Grupo Gaia

Por João Paulo Pacifico
Atualizado em 29 mar 2019, 06h00 - Publicado em 29 mar 2019, 06h00

Você concorda com a afirmação “dinheiro não compra felicidade”? Os defensores dessa frase apresentam uma lista de milionários deprimidos. E os que discordam dela pedem doações para o outro grupo: “Já que não traz pra você, que tal me dar uma mesada? Se eu não ficar feliz, prometo que devolvo o dinheiro”. Independentemente das brincadeiras, a ciência mostra que, sim, é possível comprar felicidade. Calma, não é um item de supermercado nem uma marca de refrigerante, mas o nosso bem mais perecível.

O teste da pintura

Imagine que você vai pintar a sua casa no fim de semana e pede ajuda a dois amigos. Marcos oferece dinheiro para a compra dos galões, já Edu passa o fim de semana inteiro pintando com você. Duas semanas depois, ambos lhe pedem uma mãozinha, mas você só conseguirá ajudar um. Quem você escolhe? Apesar de os dois terem sido superlegais, salvo outras variáveis, Edu, que doou seu tempo, tende a ser o beneficiado pela sua ajuda. Dinheiro vai e vem, mas o tempo que ele doou não volta mais.

Em um estudo publicado na Academia Nacional de Ciências dos EUA, os pesquisadores concluíram que, independentemente da classe social, comprar tempo nos torna mais felizes do que comprar bens. Limpar a casa, ir ao supermercado ou fazer tarefas burocráticas muitas vezes nos deixam estressados e consomem tempo. Mas, quando temos condições de não fazer essas atividades, podemos usar nosso tempo com atividades e pessoas que nos fazem bem. Mas será que cogitamos comprar tempo?

Em uma pesquisa feita com milionários holandeses, foram dados dólares extras para que eles os gastassem com o que quisessem. A maioria gastou com experiências, algo que realmente nos deixa mais felizes, mas apenas 2% usaram o dinheiro para pagar serviços que economizam tempo. Portanto, esse tipo de gasto ainda é negligenciado pela maior parte das pessoas. Então, salvo o efeito do fortalecimento da amizade ou algum grande apreço pela pintura, o nosso exemplo poderia ser mais bem aproveitado se Edu pagasse um pintor e saísse com você para se divertir.

Comprando tempo no trânsito

Segundo pesquisa do Prêmio Nobel de Economia Daniel Kahneman, enfrentar o trânsito para ir trabalhar é um dos momentos mais desagradáveis do dia das pessoas. Muitos paulistanos abandonaram o carro para transformar esse tempo em algo produtivo, seja através dos aplicativos de transporte ou mesmo usando outras formas de locomoção. Neste ano, a patinete se transformou no meu novo meio de transporte — vou mais rápido para o trabalho e sou mais feliz.

Como dizia o filósofo Ralph Waldo Emerson, para cada minuto com raiva perdemos sessenta segundos de felicidade. Mas não se preocupe se não conseguir comprar tempo: 40% da nossa felicidade é resultado dos nossos pensamentos e comportamentos (mas isso será o tema de um próximo artigo).

POR ONDE COMEÇAR?

1. Faça uma lista das tarefas que mais o aborrecem.

2. Ordene-as de acordo com o tempo gasto por semana com cada uma.

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3. Analise como você pode “terceirizar” cada uma dessas tarefas. Ao fazer isso, terá dias com mais tempo para você e será mais feliz.

(Marcelo Justo/Veja SP)

João Paulo Pacifico, fundador do Grupo Gaia, trocou o tempo gasto no trânsito dentro do carro pela agilidade de pilotar uma patinete. No perfil @felicidade.iltda, ele compartilha maneiras de promover saúde, felicidade e propósito também durante o horário comercial.

Publicado em VEJA SÃO PAULO de 03 de abril de 2019, edição nº 2628.

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