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Indicações do que assistir no teatro (musicais, comédia, dança, etc.) por Laura Pereira Lima (laura.lima@abril.com.br)
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“Quando Tudo Estiver Pronto”, de Donald Margulies: a visita da mãe morta

Dirigida por Isser Korik, a comédia dramática do autor americano viabiliza em cena um time competente de atores em que se destaca Patricia Pichamone

Por Dirceu Alves Jr.
3 jul 2019, 12h00

É comum ouvir de produtores que a montagem de certos textos se torna inviável devido à quantidade de personagens que acarretaria um elenco numeroso. Quando essa barreira é vencida, algumas peças perdem interesse por escalar nomes medianos ou fracos para coadjuvantes de relevância no desenvolvimento do enredo.

Dirigida por Isser Korik, a comédia dramática Quando Tudo Estiver Pronto, do americano Donald Margulies, viabiliza em cena um time competente, capaz de explorar bem cada uma das situações da inusitada trama em torno de uma família judia.

+ Leia sobre Tebas Land. 

Faz uma semana que Samuel (interpretado por Otávio Martins) perdeu sua mulher, Estela (papel de Patricia Pichamone), de uma forma bastante estúpida: ela morreu engasgada durante o jantar em um restaurante. A dificuldade de lidar com a viuvez torna-se nítida diante dos confrontos permanentes com o filho, Rafael (o ator Filipe Ribeiro), e da interferência excessiva dos pais (representados por Lilian Blanc e Sylvio Zilber) e da irmã (a atriz Eliete Cigaarini).

O insólito retorno de Estela para organizar as tarefas domésticas pendentes antes de voltar de vez para o túmulo traz à tona o absurdo e explica questões que, silenciosamente, perturbam o núcleo. Trata-se de uma história com ingredientes para divertir e comover a plateia. Mesmo que, em vários momentos, a direção de Korik apele para um tom cômico exagerado, a peça sai ilesa pela sensibilidade da dramaturgia e mantém boa dose de reflexão.

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A luminosa interpretação de Patricia Pichamone se impõe ao investir em diferentes camadas da personalidade de Estela e desafia os demais intérpretes. Otávio Martins e Filipe Ribeiro, naturalmente, tiram proveito do luto dos personagens, enquanto Eliete Cigaarini sublinha a inveja da cunhada morta.

Na contracena com Patricia, porém, são Lilian Blanc e Sylvio Zilber que alcançam o ápice. Através do ponto de vista dos personagens Clara e Isaac, Estela surge também dissimulada e manipuladora, oferecendo ferramentas para justificar a rebeldia do filho (75min). 12 anos. Estreou em 21/6/2019.

+ Teatro Folha. Shopping Pátio Higienópolis. Sexta, 21h30; sábado e domingo, 20h. R$ 50,00 (setor 2) e R$ 70,00 (setor 1). Até 15 de setembro.

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