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“O Leão no Inverno” e o ensaio sobre o poder

Leopoldo Pacheco e Regina Duarte protagonizam encenação de Ulysses Cruz para o drama de James Goldman

Por Dirceu Alves Jr.
Atualizado em 30 Maio 2018, 15h08 - Publicado em 30 Maio 2018, 12h37

Logo depois do terceiro sinal, o público se vê diante dos sete atores sentados a uma mesa, com um bloco de folhas nas mãos. As roupas despojadas, a leitura das primeiras rubricas e certo clima de nervosismo reproduzem uma atmosfera de ensaio.

A ação de O Leão no Inverno se inicia, e o drama de James Goldman, ambientado no fim do século XII em um castelo da Inglaterra, começa a ser encenado. Na história, o rei Henrique II (interpretado por Leopoldo Pacheco) mantém a mulher, Eleonor (papel de Regina Duarte), confinada em uma torre, longe dos olhos de todos.

Durante as festas de fim de ano, o soberano a libera do cativeiro e, junto da família, a rainha semeia uma conspiração que pode influir na sucessão ao trono. Os dois têm três filhos (representados por Caio Paduan, Filipe Bragança e Michel Waisman) e diferentes visões sobre cada um deles.

Para contar esta trama, inédita nos palcos brasileiros e levada ao cinema em 1968, o diretor Ulysses Cruz fugiu da obviedade e abriu mão de cenários suntuosos e figurinos luxuosos. Em uma escolha arrojada, qualquer realismo é dispensado, e o elenco usa figurinos casuais, como camisetas, casacos de malha e vestidos soltos, além de coroas estilizadas. Os adereços e móveis de cena são embalados em papel pardo e modulados de acordo com a situação.

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Diante da desconstrução, Cruz oferece um diálogo contemporâneo em um espetáculo de visual aparentemente inacabado, mas capaz de aprofundar as questões em torno do jogo do poder e do fracasso das novas gerações aos olhos dos pais.

O trabalho do elenco se torna o alicerce para o sucesso da montagem. São trunfos a firme composição de Leopoldo Pacheco e o deboche adotado por uma bem-vinda Regina Duarte, habilmente conduzida por Cruz. Enquanto Paduan, Bragança e Waisman se mostram convincentes, Camila dos Anjos, como a princesa Alais, e Sidney Santiago, que representa Philip, o rei da França, impõem forte presença (110min). 12 anos. Estreou em 18/5/2018.

+ Teatro Porto Seguro. Alameda Barão de Piracicaba, 740, Campos Elíseos. Sexta e sábado, 21h; domingo, 19h. R$ 50,00 a R$ 80,00. Até 29 de julho.

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