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“Estado de Sítio”: Gabriel Villela volta a Camus para falar do medo

A alegoria ganha a cena através de dois personagens, a Peste, interpretada por Elias Andreato, e a Morte, representada por Claudio Fontana

Por Dirceu Alves Jr.
Atualizado em 14 nov 2018, 19h51 - Publicado em 14 nov 2018, 18h53

Mestre das simbologias, o diretor Gabriel Villela buscou nas palavras do escritor Albert Camus (1913-1960) a representação do medo para dialogar com o público neste momento de turbulência política. O drama Estado de Sítio, publicado em 1948 pelo autor franco-argelino, é ambientado em uma cidade litorânea da Espanha ameaçada por uma praga. O mal pode dizimar a população, principalmente aqueles que enfrentarem as ordens do regime totalitário.

+ Gilberto Gawronski apresenta “A Ira de Narciso” no Mix Brasil.

A alegoria ganha a cena através de dois personagens, a Peste (interpretada por Elias Andreato) e sua fiel secretária, a Morte (papel de Claudio Fontana), mordazes e sem um pingo de piedade. Do mesmo Camus, Villela pôs no palco a peça Calígula (2008), com o ator Thiago Lacerda na pele de um déspota irracional e imbecilizado pelo poder.

Nesta atual investida, os personagens são cúmplices e estão dispostos a compactuar com o pior desde que sua existência e privilégios sejam garantidos. A história se descortina aos olhos do público através de um grande coro. O personagem Nada (vivido por Chico Carvalho, ator de expressivas caracterizações) dá o tom como um narrador embriagado que oscila conforme a consciência e a predisposição diante da verdade imposta. O casal Vitória (Mariana Elisabetsky) e Diego (o surpreendente Pedro Inoue) surge como a chance de transformação de uma sociedade pelo poder do amor.

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+ Em musical, Elza Soares atinge o patamar dos personagens atemporais.

No numeroso elenco de catorze atores, o destaque absoluto fica por conta de Andreato e Fontana. Em uma parceria afinada, a dupla investe na ironia e no deboche e oferece inclusive um relativo respiro ao peso da montagem. Arthur Faustino, Cacá Toledo, Daniel Mazzarolo, Kauê Persona, Marco França, Nathan Milléo Gualda, Rogério Romera, Rosana Stavis e Zé Gui Bueno completam o time de atores (90min). 14 anos. Estreou em 8/11/2018.

+ Teatro do Sesc Vila Mariana. Rua Pelotas, 141, Vila Mariana. Quinta a sábado, 21h; domingo, 18h. R$ 40,00. Até 16 de dezembro.

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