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Os melhores programas para as crianças e a família espalhados por São Paulo. Por Beatriz Imagure (beatriz.imagure@abril.com.br)
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Informações práticas para ajudar pais leigos que querem uma piscina mais segura

Todo pai e mãe que conheço ficou alarmado com as notícias das crianças que lamentavelmente acabaram mortas em acidentes em piscinas neste começo de ano. Muitas matérias foram feitas depois listando o que poderia ser feito para que as tragédias fossem evitadas. Sou síndica do condomínio onde moro – e onde muitas crianças frequentam a […]

Por VEJA SP
Atualizado em 26 fev 2017, 22h56 - Publicado em 23 jan 2014, 15h54
FOTO: Latinstock

FOTO: Latinstock

Todo pai e mãe que conheço ficou alarmado com as notícias das crianças que lamentavelmente acabaram mortas em acidentes em piscinas neste começo de ano. Muitas matérias foram feitas depois listando o que poderia ser feito para que as tragédias fossem evitadas. Sou síndica do condomínio onde moro – e onde muitas crianças frequentam a piscina – e comecei a pesquisar respostas para as minhas dúvidas (sou, ou era, uma pessoa 100% leiga quando o assunto é piscina). Nessa incansável “googlada”, muitos artigos não respondiam, ou respondiam parcialmente, ou de maneira confusa o que eu queria saber.

A primeiríssima questão: a nossa piscina é segura? Segunda: o que pode ser feito para melhorar essa segurança? Onde ficam os tais ralos que podem ser uma ameaça?

Li artigos com especialistas de segurança em piscina e sobre os projetos de lei que buscam tornar obrigatória a instalação de acessórios que podem evitar acidentes. Por fim, conversei pessoalmente com os técnicos da empresa que faz a nossa manutenção para entender o que é cada buraquinho da piscina e a função de cada um deles.

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Resolvi compartilhar aqui o que aprendi, pois acredito que pode ser útil para outros pais tão leigos quanto eu, até como forma de ajudar a buscarem ajuda técnica e não serem engabelados por maus profissionais que tentam cavar a venda de serviços e acessórios nem sempre são necessários.

Existem três tipos de “buracos” (ralos e dutos) nas piscinas. São eles:

Reprodução/Sodramar

Reprodução/Sodramar

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– Dispositivos de retorno (são os redondinhos que ficam na parede e costumam ter um bico) – não puxam água, somente devolvem para a piscina a água que foi aspirada pelo ralo ou pelo aquecedor.

Reprodução/Sodramar

Reprodução/Sodramar

– Dispositivos de aspiração (também redondos de metal ou plástico com uma rosca no bocal) – esses devem puxar a água somente quando o técnico da piscina aciona a bomba na sala das máquinas. Serve para conectar o aspirador que eles têm para limpar o fundo da piscina. É ligado pontualmente, somente durante a manutenção. O que é possível fazer para melhorar a segurança: ainda que não fiquem drenando, há tampas parciais ou totais que barram dedinhos curiosos.

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Tampa de ralo anti-aprisionamento (à esquerda) e grelha comum (Imagem: Sodramar)

Tampa de ralo anti-aprisionamento (à esquerda) e grelha comum (Imagem: Sodramar)

 

– Ralo de filtragem (são aqueles em geral com uma grelha quadrada, existem no fundo e, em algumas piscinas, também na lateral embaixo). Foram os vilões de dois dos acidentes registrados neste começo de ano. Os acidentes aconteceram porque a bomba de filtragem estava ligada no momento do uso, em alguns caso os ralos estavam sem a grelha de proteção.

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O que se pode fazer para melhorar a segurança:

– Ter sempre mais de um ralo para dividir a força da sucção

– Programar a bomba para funcionar ou ativá-la somente no horário em que ninguém utiliza a piscina (no nosso prédio programamos para que ela funcione das 18h30 às 6h30). No caso de piscinas aquecidas, mesmo com a bomba desligada, um dos ralos vai puxar a água para o aquecedor quando houver queda de temperatura. Essa drenagem da água é mais fraca que a da filtragem, segundo me explicou o técnico, da empresa Narzetti Piscinas.

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– Instalar grade de ralos anti-aprisionamento – é um modelo que evita que um corpo seja puxado ou mesmo cabelos, mesmo se a bomba estiver ligada. Descobri que apesar de ter sido divulgado em matérias que a tampa se encaixa em qualquer modelo de dreno, na prática não é bem assim: ela somente vai encaixar nos modelos mais modernos, que têm dois parafusos para prender a grelha. Nos antigos, que têm somente um parafuso central e são quadrados, é necessário fazer uma adaptação ou mesmo a troca do dreno inteiro por um modelo mais novo, já com a tampa adequada. Neste caso, como se trata de uma obra de alvenaria, a piscina precisa ser esvaziada.

– Instalar o SSLV – um sistema que interrompe a sucção quando houver obstrução do ralo (se algo ficar preso no ralo, a bomba para de funcionar automaticamente). Aí o grande desafio é encontrar uma empresa técnica em bombas que faça a instalação – liguei em cinco até agora e não encontrei uma capacitada.

Essa lista é bem específica sobre a parte de tubulação e bomba, mas a segurança em piscinas vai muito além, como avaliar a instalação de guarda-corpo para evitar quedas, manter um salva-vidas em piscinas de grande porte e verificar a necessidade de um botão de emergência acessível que possa desarmar a bomba no caso de acidente (nas tragédias recentes, a demora em acessar a bomba para desligar foi um dos problemas).

Não custa lembrar que qualquer serviço deve ser feito por uma empresa idônea e experiente. E, claro, nada, nada disso substitui o olho do adulto que deve sempre acompanhar crianças em seus mergulhos.

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