White God
- Direção: KornélMundruczó
- Duração: 121 minutos
- Recomendação: 14 anos
- País: Hungria/Alemanha/Suécia
- Ano: 2014
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
Não se deixe enganar. White God pode parecer um filme leve da Disney, mas, em seu desenrolar, a trama ganha contornos dramáticos e, muitas vezes, incomoda devido à violência no trato dos animais. Trata-se, contudo, de uma parábola, um eficiente registro fantasioso sobre a estupidez humana em confronto com a inteligência dos bichos. No início da história, a menina Lili (Zsófia Psotta) vai passar uma temporada com seu pai (Sandor Zsoter) quando sua mãe, que tem sua custódia, viaja. A garota leva junto Hagen, seu cão de grande porte e raça mista. Por causar transtornos no apartamento, aos vizinhos e no cotidiano de Lili, o cachorro é abandonado nas ruas. Ela fica arrasada enquanto Hagen tenta encontrar um abrigo. A partir daí, o choque será inevitável para os espectadores mais sensíveis. Hagen vai passar por um processo de transformação física (e emocional) ao cair nas mãos de gente inescrupulosa. White God (Deus branco), mais um acerto do cinema húngaro (ainda estão em cartaz Filho de Saul e O Cavalo de Turim), tem a direção de Kornél Mundruczó, que usou 250 cães para cenas externas de grande impacto. Estreou em 25/2/2016.