Voyage
Resenha por Tatiane de Assis
Há dois anos, o artista Alexandre da Cunha começou a planejar uma transição para assumir também o papel de curador. Os proprietários da galeria Bergamin & Gomide compraram sua ideia no começo deste ano e, nove meses depois, o projeto Voyage saiu do papel. A proposta é que os visitantes se guiem pelas próprias impressões, sem influência de um texto crítico, mapa do espaço ou etiquetas que identifiquem as obras. Nessa viagem sem destino nem instruções, dezesseis artistas brasileiros e estrangeiros assinam 31 trabalhos, entre pinturas, objetos, instalações e site-specifics (peças planejadas especialmente para o ambiente expositivo). Os trabalhos estão divididos em quatro partes, chamadas pelo artista-curador de “ilhas”. No segundo núcleo desse arquipélago, há um encontro inusitado de Trepante Versão 1 (1965), de Lygia Clark, com Pontinho (2017, à esq.), do artista contemporâneo José Damasceno, mais os desenhos do novato Thiago Barbalho. Até 20 de janeiro de 2018.