Vision

Resenha por Miguel Barbieri Jr.

A japonesa Naomi Kawase busca um cinema sensorial, seja pelo paladar de Sabor da Vida (2015) ou pela visão de Esplendor (2017). Os verdes da natureza, assim como as estações climáticas, se destacam em seu novo longa-metragem. Vision traz Juliette Binoche interpretando uma cronista francesa que, numa floresta do Japão, está à procura da erva que dá nome ao filme. Segundo ela, a planta medicinal é capaz de aplacar agonias, tristezas e dores. Mas há um detalhe: a vision só aparece praticamente a cada milênio. Hospedada na casa do “guardião da montanha” (Masatoshi Nagase), ela acaba se envolvendo afetivamente com seu anfitrião. Como diretora, Naomi deixa aflorar seu talento estético ao captar a grandiosidade da mata. Em sua meia hora final, o roteiro toma um rumo cada vez mais complexo, hermético e de “viagens” variadas. Direção: Naomi Kawase (Japão/França, 2018, 109min). 14 anos. Estreou em 5/9/2019.

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