Vice

Resenha por Miguel Barbieri Jr.

Dick Cheney não é uma figura familiarizada da maioria dos brasileiros, ao contrário de George W. Bush e Donald Trump, embora tenha sido um personagem central nos bastidores da Casa Branca. Entre 2001 e 2009, ele foi o vice-presidente de Bush e ganhou uma cinebiografia em forma de sátira política. Vice concorre em oito categorias no Oscar 2019, incluindo nas de melhor filme, direção, roteiro original e ator, para Christian Bale (foto). A fórmula do realizador/roteirista Adam McKay é a mesma de seu longa-metragem anterior, A Grande Aposta (2015). Em uma história picotada por uma irritante edição quase frenética, há piadas politizadas e humor debochado. A trama enfoca desde as passagens de Cheney pelos governos de Jimmy Carter e Ronald Reagan até ser figura-chave como o poderoso por trás do presidente americano (papel de Sam Rockwell), responsável pela invasão militar americana no Iraque, após os ataques terroristas de 11 de Setembro. Superestimado, o filme se sobressai pela atuação de Bale que, mesmo sob pesada maquiagem, tem talento de sobra para ir além da imitação ou da caricatura. Direção: Adam McKay (EUA, 2018, 133min). 14 anos. Estreou em 31/1/2019. 

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