Vagaluz
- Direção: Antonio Januzelli
- Duração: 60 minutos
- Recomendação: 14 anos
Resenha por Dirceu Alves Jr.

Existem casos em que o teatro se consuma mas não atinge o espectador com sua pretensa mensagem. Dirigido por Antonio Januzelli, o espetáculo Vagaluz é um desses exemplos: de tão preocupado com a linguagem artística, ele resulta hermético para a plateia. Em cena estão inegavelmente dois atores explorados ao máximo em suas potencialidades. Lídia Engelberg e Edgar Campos (foto) oferecem momentos de profunda sensibilidade na representação de um homem e de uma mulher que investigam memórias, confrontados com um presente ancorado no passado. Estruturada em monólogos, a dramaturgia construída pelo diretor e pela dupla de intérpretes, porém, não estabelece uma conexão clara entre as histórias que giram em torno de acontecimentos da infância, vida adulta e velhice. Por vezes, os atores são irmãos muito pequenos, em outras surgem como pessoas que sofrem com a percepção da ausência de seus parentes tomados pelo Alzheimer ou pela sombra da morte. Os personagens são veículos perfeitos para o desempenho apurado de Campos e Lídia, o que alivia o tom monótono da peça. Mas de nada adianta uma dupla de atores em pleno domínio técnico quando se tem uma estrutura narrativa fria e desconectada do interesse do espectador. Parece mais um exercício interpretativo (60min). 14 anos. Estreou em 6/2/2020. Até 1º/3/2020.
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