Tolkien

Resenha por Miguel Barbieri Jr.

Quem leu O Senhor dos Anéis ou mesmo só assistiu à trilogia de cinema vai encontrar várias referências à obra na cinebiografia Tolkien. Se não ligou o título do filme à pessoa, trata-se da trajetória de J.R.R. Tolkien (1892-1973), o criativo criador dos hobbits e de outros personagens fantásticos. Dirigida com méritos pelo finlandês Dome Karukoski (conhecido por aqui apenas por outra biografia, Tom of Finland), a trama tem início na infância de John Ronald e de seu irmão mais novo. Após a morte da mãe e com a ajuda de um padre, eles passam a viver na mansão de uma senhora que acolhe órfãos. Na Inglaterra do começo do século XX, o primogênito se destaca pela inteligência e consegue uma bolsa de estudos numa prestigiada escola de Birmingham, onde faz três amigos. Juntos, eles fundam um clube secreto de leituras. O roteiro alterna dois momentos de Tolkien: do colégio à Universidade de Oxford e sua passagem pela I Guerra. Do quarteto inseparável a uma paixão platônica, da criação de um idioma próprio à ópera O Anel do Nibelungo, de Wagner, o roteiro, muito sutil, introduz elementos para mostrar que a vida do escritor está ligada à sua obra. Nicholas Hoult se dá bem como o protagonista, mas Harry Gilby (na adolescência) é uma surpresa ainda maior. Direção: Dome Karukoski (EUA, 2019, 112min). 14 anos. Estreou em 23/5/2019.

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