Ted Bundy – A Irresistível Face do Mal
- Direção: Joe Berlinger
- Duração: 110 minutos
- Recomendação: 16 anos
- País: Estados Unidos
- Ano: 2019
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
Talvez pela semelhança física e por ser um ator mais tarimbado, Ryan Gosling seria a melhor escolha para interpretar Ted Bundy. Mas Zac Efron (foto), no maior desafio de sua carreira, se arrisca com garra. É bonito, tem charme e carisma para encarnar o encantador serial killer que matou mais de trinta mulheres e apavorou cinco estados americanos na década de 70. Ao contrário da série documental, disponível na Netflix, o roteiro de Ted Bundy — A Irresistível Face do Mal é inspirado no livro de Elizabeth Kendall, a namorada de Bundy que nem sequer dá entrevista no registro real. A trama, é claro, adota o ponto de vista dela, a partir do momento em que os dois se conheceram num bar em Seattle, em 1969. Mãe solteira e secretária, ela manteve um relacionamento com Bundy sem notar que, por trás de um homem atencioso, escondia-se um monstro. Ele mudou para o Colorado, foi preso, fugiu da cadeia, fez novas vítimas. Liz (papel de Lily Collins) tentou arejar sua vida afetiva com um novo companheiro (Haley Joel Osment) enquanto, insistentemente, Bundy arranjava maneiras de falar com ela por telefone. O longa-metragem dá apenas uma ideia de quem foi o matador em série. Condensa ações e dá menos ou mais importância a alguns personagens. Parece um compilado ficcionalizado do longo documentário, não à toa dirigido pelo mesmo Joe Berlinger. Direção: Joe Berlinger (Extremely Wicked, Shockingly Evil and Vile, EUA, 2019, 110min). 16 anos. Estreou em 25/7/2019.