Tarde para Morrer Jovem

Resenha por Miguel Barbieri Jr.

Tarde para Morrer Jovem é o típico filme que participa de festivais, cativa parte da crítica e consegue arrebatar uma “meia dúzia” de espectadores. Também se faz necessário ler algo a respeito para se inteirar da trama, já que a diretora e roteirista Dominga Sotomayor Castillo não se dá ao trabalho de fornecer pistas nem no início da história. Ou seja: é o Chile de 1990, e o longa mostra os dramas de uma comunidade rural isolada na mata — seria para fugir da ditadura de Pinochet, já em seu fim? O foco está em Sofia (Demian Hernández), uma adolescente que vive com o pai e ganha a atenção do melhor amigo. Ela se interessa, porém, por Ignacio (Matías Oviedo), um cara mais velho que tem moto e certa experiência de vida. Trata-se do já manjado rito de passagem para a vida adulta, com cenas aborrecidas (e outras tantas dispensáveis) e pouca explanação de situações banais. A derradeira cena enseja algo promissor. Mas é tarde demais. Direção: Dominga Sotomayor Castillo (Tarde para Morir Joven, Chile/Brasil/Argentina/Holanda, 2018, 110min). 14 anos. Estreou em 27/2/2020.

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