Simonal
- Direção: Leonardo Domingues
- Duração: 105 minutos
- Recomendação: 14 anos
- País: Brasil
- Ano: 2018
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
Seja Elis ou Tim Maia, Gonzagão ou Erasmo Carlos, os artistas brasileiros estão ganhando cinebiografias — e isso é ótimo! O problema, porém, está no formato. Mesmo dirigidos por cineastas distintos, os longas-metragens seguem um modelo com cara industrializada e sem personalidade. Simonal é o mais novo caso. Tem caprichada recriação de época, um protagonista que, apesar da falta de semelhança física, convence, e um roteiro alinhavado com altos e baixos do cantor. Vindo de um conjunto musical anônimo, Wilson Simonal (1938-2000), papel de Fabrício Boliveira, virou assistente de Carlos Imperial, foi descoberto por Miele e Bôscoli, gravou um disco, tornou-se conhecido como “o rei da pilantragem”. Casou-se com Tereza (Isis Valverde), teve filhos, ficou rico, brigou com seu contador, fez amizade com um agente do Dops e, no auge da ditadura, ganhou a pecha de dedo-duro. Esse é o ponto polêmico de sua vida e o mais tumultuado do roteiro — o episódio é mais bem abordado no documentário Ninguém Sabe o Duro que Dei (2009). Direção: Leonardo Domingues (Brasil, 2018, 117min). 14 anos. Estreou em 8/8/2019.