Rossini Perez

Resenha por Jonas Lopes

Voltado exclusivamente às artes gráficas, o Gabinete de Gravura Guita e José Mindlin, na Estação Pinacoteca, abriga agora a retrospectiva de um importante nome do gênero no país. Rossini Perez, de 82 anos, tem exibidas 88 obras feitas de 1955 a 1980. A seleção do curador Carlos Martins integra um conjunto ainda maior, doado pelo próprio artista à Pinacoteca em 2009. Nascido em Macaíba, no Rio Grande do Norte, Perez se mudou para o Rio de Janeiro aos 8 anos, para tratar de uma tuberculose. Durante a convalescença, apaixonou-se por arte ao ver reproduções em livros e revistas. Os trabalhos mais antigos da mostra são xilogravuras em preto e branco de paisagens transformadas em abstração por meio da geometria. Na década de 60, ele passou a usar cores e a deixar as formas mais livres e relaxadas, algo notável na litografia Desatando, de 1963. Até 22/9/2013.

Fã de Edvard Munch: a preferência de Perez pela gravura solidificou-se em 1953, quando ele teve contato com a produção do norueguês, na segunda edição da Bienal de São Paulo.

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