Rogéria – Senhor Astolfo Barroso Pinto
- Direção: Pedro Gui
- Duração: 88 minutos
- Recomendação: 12 anos
- País: Brasil
- Ano: 2018
Resenha por Dirceu Alves Jr.
Como os fãs devem saber, Rogéria (1943-2017) nasceu Astolfo e, apesar da transformação visual, nunca renegou a identidade de batismo. O documentário Rogéria, Senhor Astolfo Barroso Pinto acerta ao explorar o duplo em sua personalidade e não teme polêmicas ao cravar que o mais famoso travesti do país jamais deixou de se considerar um homem. Os melhores momentos são os depoimentos de seus irmãos, que endossam a tese e humanizam a artista. Rogéria começou como maquiadora, ganhou os palcos em shows de transformistas e acabou atriz premiada no teatro e com personagens em novelas do horário nobre. A validação do talento é dada pelo diretor Aderbal Freire-Filho, pelas atrizes Bibi Ferreira e Betty Faria, além do humorista Jô Soares e do autor de novelas Aguinaldo Silva. Poucas informações, no entanto, surpreendem, e mesmo algumas dramatizações não deixam o filme escapar do modelo convencional. Um aprofundamento íntimo faz falta e isso fica claro diante de declarações de Rogéria que intrigam o espectador e passaram batidas pelos realizadores. Direção de Pedro Gui (Brasil, 2019, 82min). 12 anos. Estreou em 31/10/2019.