Rock em Cabul
- Direção: Barry Levinson
- Duração: 106 minutos
- Recomendação: 14 anos
- País: EUA
- Ano: 2015
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
Rock the Kasbah é o nome de uma canção da banda The Clash e o título original de Rock em Cabul. A trama gira em torno de Richie Lanz, um veterano empresário musical que está quase entregando os pontos e agenciando artistas medíocres. Bill Murray interpreta o personagem, mais um para a sua coleção de melancólicos irônicos. A fim de dar a volta por cima, aceita a sugestão de um colega e leva uma cantora (Zooey Deschanel) para fazer apresentações para militares americanos no Afeganistão. Logo na chegada a Cabul, a jovem, atordoada com o cenário de guerra, desaparece levando o passaporte e o dinheiro de Lanz. O cara precisa se virar para voltar para casa e, então, une-se a uma dupla de traficantes de armas. O clima delirante e surreal toma conta da primeira parte do roteiro, com Murray usando e abusando da cara de sonso e do humor afiado. Até Bruce Willis entra na parada na pele de um mercenário impiedoso. Da metade em diante, o filme toma outro rumo — mais leve, mais musical, mais ingênuo e fantasioso. Trata-se de uma história inspirada na trajetória de Setara Hussainzada, uma mulher que desafiou as tradições muçulmanas (não convém revelar mais detalhes). Ao gosto do freguês, o longa-metragem oferece dois enredos em um, mesmo havendo ruídos entre as duas partes. Estreou em 2/6/2016.