Pokémon – Detetive Pikachu

Resenha por Miguel Barbieri Jr.

A febre de Pokémon teve início em meados da década de 90 com um game e, na sequência, virou desenho de TV, figurinha colecionável e uma série de produtos para a criançada. Pokémon — Detetive Pikachu faz renascer a franquia, sendo o primeiro longa-metragem com atores — os pokémons, é claro, são fruto de computação digital. Diretor dos igualmente esquecíveis As Viagens de Gulliver (2010) e Goosebumps (2015), Rob Letterman comanda uma aventurazinha infantil cujo maior trunfo está no protagonista, que não é humano. Pikachu tem a voz de Ryan Reynolds (Deadpool) no original, mas, infelizmente, a sessão para a imprensa foi na versão dublada. O esperto pokémon amarelo rouba a cena com seu humor adulto e tiradas afiadas, além de combinar fofura com ironia. O mesmo não dá para dizer de Tim, o personagem principal, interpretado pelo insosso Justice Smith (Todo Dia). Jovem órfão, ele é filho de um policial que morreu numa missão e volta a morar em Ryme City. Essa cidade é a única em que, por obra de um generoso magnata (Bill Nighy), só há pokémons do bem, convivendo em harmonia com seus “donos”. Ao encontrar Pikachu, Tim descobre a parceria dele com seu pai naquela fatídica investigação e, a partir daí, os novos companheiros vão formar uma dupla para elucidar o passado. Direção: Rob Letterman (Pokémon Detective Pikachu, EUA/Japão, 2019, 104min). 10 anos. Estreou em 9/5/2019.

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