Pano de Boca
- Direção: Marcelo Marcus Fonseca
- Duração: 120 minutos
- Recomendação: 16 anos
Resenha por Dirceu Alves Jr.


Escrito em 1975 por Fauzi Arap, o drama Pano de Boca oferecia relevantes leituras na época. O desmantelamento de um grupo teatral em virtude da ditadura e da ascensão das novelas, a possível visita de um censor e questionamentos sobre a viabilidade de ser artista no Brasil se faziam presente. Muitos desses enfoques ainda se mostram propícios, mesmo que analisados sob outros olhares, e fazem valer a montagem da Cia. do Incêndio dirigida por Marcelo Marcus Fonseca. Uma cuidadosa encenação ocupa o segundo andar da nova sede do grupo, no Bixiga, e Fonseca optou por uma ambientação atemporal em que telefones celulares e máquinas de escrever dialogam com tranquilidade. A fragilidade da montagem se mostra diante de um irregular elenco. Bons atores, Daniel Ortega e Josemir Kowalick se destacam por imprimir credibilidade em seus tipos, enquanto os demais sete intérpretes caminham entre o convincente e o sofrível. Esse problema, no entanto, torna-se mais uma possibilidade de entendimento em relação ao grande texto de Arap. Se a paixão pelo palco é tanta, por que não praticá-la da forma possível? E, diante de tal sentimento, quem decide é o público, que, no final das contas, se torna o visitante tão esperado presente na ficção do autor que ninguém tem a garantia de que vai chegar. Com Gabriela Morato, Diogo Cintra, Rebeca Ristoff, o diretor e outros. Estreou em 11/7/2015. Até 14/9/2015.
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