Os Exterminadores do Além Contra a Loira do Banheiro

Resenha por Miguel Barbieri Jr.

Os personagens de Danilo Gentili (foto), Léo Lins, Murilo Couto e Dani Calabresa são especialistas em caçar fantasmas em Exterminadores do Além contra a Loira do Banheiro. Na verdade, trata-se de um grupo de charlatões que quer ganhar grana com vídeos na internet. O negócio, porém, vai mal das pernas. Até que um colégio tradicional de São Paulo os chama para uma investigação — um aluno morreu após ter contato com a “loira do banheiro”, uma lenda urbana que faz parte do imaginário adolescente. O diretor da escola, então, contrata os supostos caça-fantasmas só para dar uma satisfação aos pais e à imprensa. Aos poucos, porém, o que seria apenas uma missão de araque vira um pesadelo real. Gentili está mais inspirado do que em seu filme anterior, Como Se Tornar o Pior Aluno da Escola, lançado um ano atrás. Há um bom flerte com o gore, subgênero do terror marcado pela violência sanguinolenta, e com o trash, produções de baixo orçamento com certo humor. O “terrir”, contudo, é marcado por altos e baixos. Em meio a tensas situações de horror, há quase sempre uma piada escatológica e muitas vezes grosseira (com fezes e feto, por exemplo) para contentar a plateia teen, certamente o público-alvo do novo trabalho de Gentili no cinema. Direção: Fabrício Bittar (Brasil, 2018, 108min). 16 anos. Estreou em 29/11/2018.

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