Orquestra Sinfônica de Bamberg
Resenha por Juliene Moretti
Batizada em 1946 em homenagem a um vilarejo alemão na região da Baviera que abrigou músicos expulsos da então Checoslováquia, a Orquestra Sinfônica de Bamberg está longe de ser provinciana. Ela foi a primeira a se apresentar fora da Alemanha depois da II Guerra Mundial e tornou-se uma dos principais responsáveis pela difusão da música do país. Com 115 integrantes, o conjunto completa setenta anos, em 2016, mantendo a tradição de tocar autores consagrados como Mozart, Mahler e Beethoven. Já conhecidos pelo público de São Paulo, os artistas voltam à cidade em clima de despedida. Serão as últimas apresentações aqui do maestro inglês Jonathan Nott. À frente da formação desde 2000, ele deixa a posição em agosto, após ter guiado o grupo 658 vezes, número jamais atingido por outro regente. Neste domingo (22/5), na exibição gratuita na área externa do Auditório Ibirapuera, o repertório inclui duas peças de Mozart, a famosa abertura de As Bodas de Fígaro e o Concerto para Clarinete, com participação do solista alemão Günther Forstmaier. Como segunda atração da temporada da Mozarteum, o grupo sobe ao palco da Sala São Paulo na segunda (23/5) e na terça (24/5/2016). No primeiro dia, retornam com as duas de Mozart e acrescentam a 5a Sinfonia, de Beethoven. Para a última apresentação estão reservadas as obras Egmont, Concerto para Piano em Fá, de Gershwin, e a 6a Sinfonia, também de Beethoven.