O Mal Não Espera a Noite – Midsommar
- Direção: Ari Aster
- Duração: 147 minutos
- Recomendação: 18 anos
- País: Estados Unidos
- Ano: 2019
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
É difícil haver um meio-termo em relação a O Mal Não Espera a Noite — Midsommar. Ou o espectador embarca na proposta lisérgica do diretor-roteirista Ari Aster (de Hereditário) ou vai achar tudo uma grande bobagem. Até mesmo na segunda opção, há que reconhecer o talento do cineasta para criar uma ambientação sinistra, em que o terror não é explícito, mas suas imagens perturbadoras permanecem na memória. Pelas mortes horrendas e por uma cena de sexo pesada, o filme ganhou classificação 18 anos. Fora da caixinha em comparação a outros diretores do gênero, Aster caminha pelo terreno do horror psicológico por meio de uma viagem alucinante (ou alucinógena) numa aldeia da Suécia. É lá que quatro amigos vão festejar, com a estranha comunidade local, o solstício de verão. O convite parte do sueco Pelle (Vilhelm Blomgren), e Christian (Jack Reynor), sem saber lidar com a tragédia que se abateu sobre sua namorada (Florence Pugh), é obrigado a levá-la. Os rituais, que misturam música e folclore, têm início. Mas mal sabem eles o que se esconde por trás de um povo muito, muito esquisito. São mais de duas horas de duração de uma trama misteriosa e encaminhada a passos lentos, como se a plateia vivesse na própria pele o pesadelo dos personagens. Direção: Ari Aster (Midsommar, EUA/Suécia/Hungria, 2019, 147min). 18 anos. Estreou em 19/9/2019.