O Frenético Dancin’ Days
- Direção: Deborah Colker
- Duração: 120 minutos
- Recomendação: 12 anos
Resenha por Dirceu Alves Jr.
Fica difícil controlar o saudosismo no musical O Frenético Dancin’ Days. Escrito por Nelson Motta e Patrícia Andrade e dirigido por Deborah Colker, o espetáculo traz a história da boate que durou quatro meses e jogou a noite carioca no mapa das discotecas em 1976. Foi o próprio Motta (o ator Bruno Fraga) que reuniu um grupo de amigos hedonistas para um projeto capaz de mesclar diversão e sucesso financeiro. Quem viveu a experiência garante que nunca houve balada como aquela. Para os outros, resta a lenda. A montagem reforça o imaginário. A direção musical de Alexandre Elias enfileira sucessos da época bem explorados pelas coreografias, assinadas por Deborah e Jacqueline Motta. A dramaturgia soluciona os conflitos com bom humor, leveza e uma pitada de romance — e flerta com a política. Vêm à tona histórias interessantes, como a de Madá (Ariane Souza), empregada de Motta e sócia da boate, e a de Djalma Limongi (Cadu Fávero), o produtor caretão, que colocava freio nos amigos. E tem até uma personagem fictícia, a rabugenta Dona Dayse (Débora Reis), que, ainda que deslocada, funciona como artifício dramático. A peça é uma deliciosa cápsula do tempo, que alivia as tensões e faz com que mesmo os sisudos entrem nessa festa. Com Érico Brás, Franco Kuster, Larissa Venturini e outros (120min). 12 anos. Estreou em 15/3/2019. Até 26/5/2019.