O Farol
- Direção: Robert Eggers
- Duração: 109 minutos
- Recomendação: 16 anos
- País: Estados Unidos, Canadá
- Ano: 2019
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
A Bruxa, de 2015, alçou Robert Eggers ao time de diretores prestigiados do cinema indie americano. Em seu segundo longa-metragem, novamente com produção do brasileiro Rodrigo Teixeira, o cineasta mantém o pé firme numa filmografia mais, digamos, artística, a começar pela belíssima fotografia em preto e branco, assinada por Jarin Blaschke, o mesmo de seu trabalho anterior. Em parceria com seu irmão, Max Eggers, Robert escreveu o roteiro de O Farol, que tem uma pegada teatral, já que há apenas dois personagens em única locação. O realizador, contudo, se livra do “teatro filmado” compondo imagens de rara beleza. O texto, porém, é pesado e as interpretações dos protagonistas são impecavelmente densas. Em meados de 1890, Thomas Wake (Willem Dafoe) é um marinheiro que vai passar uma temporada num farol de uma ilha na Nova Inglaterra. Quem o acompanha é o jovem e inexperiente Ephraim (Robert Pattinson). O novato quer aprender tarefas ligadas à profissão, mas Wake o encarrega do trabalho exaustivo e sujo. A relação de poder alcança momentos tensos, minimizados com as bebedeiras. A convivência diária os leva ao limite — e Eggers não faz concessões para aliviar o caos que lá se instala. Direção: Robert Eggers (The Lighthouse, EUA, 2019, 109min). 16 anos. Estreou em 2/1/ 2020. Estreou em 2/1/2020.