Norair Chahinian

Resenha por Julia Flamingo

Fotógrafo e arquiteto de 38 anos, Norair Chahinian é de uma família de imigrantes, a exemplo de muitos paulistanos. De origem armênia, ele é neto de quatro sobreviventes do extermínio provocado pelos otomanos. Entre 1915 e 1923, o período mais crítico do conflito, ao menos 1,5 milhão de pessoas morreram. Do avô paterno, Norair herdou o bom tino para a fotografia e a missão de voltar para sua terra natal. “Ele queria que eu seguisse seus passos e conversasse sobre o massacre com os turcos”, conta o artista, que então tinha 9 anos. “Até hoje, esse crime não é reconhecido como genocídio pela Turquia”, explica. Já adulto, Norair passou uma temporada de quatro anos na região para encontrar e registrar resquícios do acontecimento. Com uma câmera antiga do avô nas mãos, clicou arquiteturas remanescentes e testemunhas que escaparam da guerra, hoje idosos. Numa viagem investigativa e arriscada, descobriu igrejas, cemitérios e casas dilaceradas, caso da residência de paredes azuis da cidade Everek. A extraordinária pesquisa resultou na mostra O Poder do Vazio, composta de cinquenta imagens, mais o livro de mesmo nome que conta cada passo da empreitada e está à venda na galeria por R$ 120,00. Até 27/6/2017.

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