Ninfomaníaca – Volume 1
- Direção: Lars von Trier
- Duração: 118 minutos
- Recomendação: 18 anos
- País: Dinamarca/ França/Inglaterra
- Ano: 2013
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
Dizer que Lars von Trier é um diretor estiloso e marqueteiro parece chover no molhado. A primeira foto, os pôsteres e, finalmente, o polêmico trailer transformaram Ninfomaníaca em um filme-evento. Espertalhão, o cineasta dinamarquês dividiu o longa-metragem em duas partes, e há duas versões: uma com cortes e a outra integral (a ser lançada posteriormente). Conforme aponta o título, Ninfomaníaca — Volume 1 narra a primeira parte da história e possui um desfecho arrebatador para deixar na plateia um gosto de quero mais. A sequência, porém, deve estrear em março. Pelas primeiras duas horas, nota-se uma fluência narrativa, por vezes hipnótica, para contar a trajetória de Joe (Charlotte Gainsbourg). Essa mulher, encontrada ferida por Seligman (Stellan Skarsgard), decide abrir sua vida íntima para o estranho. Relembra sua infância e juventude e como o sexo entrou em seu cotidiano. Aos 15 anos (e interpretada por Stacy Martin), perdeu a virgindade com Jerôme (Shia LaBeouf), um mecânico que a deixou traumatizada. A partir daí, disputou com uma amiga quem teria o maior número de parceiros sexuais numa viagem de trem. Há algumas transas explícitas, mas aquém da pornografia. O choque, contudo, se faz presente — seja pela ousadia do tema, seja pela realização sem pudor. Estreou em 10/1/2014.