Morto Não Fala

Resenha por Miguel Barbieri Jr.

O terror nacional anda ganhando força e Morto Não Fala é um bom exemplo da safra. Vindo do curta-metragem, Dennison Ramalho (roteirista de Encarnação do Demônio, de José Mojica Marins) imprime potência na realização de seu primeiro longa, que, além da impecável produção, tem efeitos visuais compatíveis com os do cinema americano. Daniel de Oliveira interpreta Stênio, plantonista noturno de um necrotério cujo “dom” é falar com os mortos. Ao saber por um cadáver que sua mulher (Fabiula Nascimento) o trai, arma um plano para dar o troco no amante dela. A partir daí, o protagonista entra numa espiral de infortúnios, com aparições sinistras e espíritos que o atormentam. Além das empenhadas atuações dos adultos, as crianças Cauã Martins e Annalara Prates parecem sofrer na pele o medo e a angústia de seus personagens. Direção: Dennison Ramalho (Brasil, 2018, 110min). 16 anos. Estreou em 10/10/2019.

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