Modernismos no Brasil
Resenha por Jonas Lopes:
O MAC-USP abre em seu espaço no Ibirapuera um excelente recorte na coleção do museu. Composta de 150 obras, a seleção discute as relações entre os trabalhos de artistas brasileiros e estrangeiros durante o modernismo. Premiada na primeira Bienal, em 1951, a escultura Unidade Tripartida, de Max Bill, posicionada no início do percurso, deixou rastros decisivos na geração de Lygia Clark e Waldemar Cordeiro. Perto dali, um diálogo parecido ocorre entre o óleo Cabeça Trágica, de Karel Appel, marcado pela dramaticidade e pelo exagero neoexpressionista, e a aterradora série Minha Mãe Morrendo, de Flávio de Carvalho. Outras ligações são abordadas na montagem. Impressiona, por exemplo, a semelhança no uso de formas geométricas em trabalhos de Pablo Picasso e Ismael Nery. E por aí vai: Matisse deságua em Volpi, Kandinsky em Tomie Ohtake, George Grosz em Iberê Camargo. Além das estrelas consagradas, a exposição aproveita para apresentar ao público paulistano nomes brilhantes mas pouco conhecidos por aqui. Caso do gravurista austríaco Alfred Kubin e da escultora mineira Maria Martins. Até 29/07/2012.